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Política Quem é quem no esquema da fraude na vacinação de Bolsonaro

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Defesa do ex-presidente também disse que Bolsonaro foi à embaixada da Hungria discutir temas políticos. (Foto: Agência Brasil)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 16 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) na investigação que apura um suposto esquema de falsificação de cartões de vacinação.

Segundo as investigações, um grupo ligado ao ex-presidente inseriu informações falsas de vacinação contra covid no ConecteSUS para obter vantagens ilícitas.

A fraude teria começado com o esforço que Mauro Cid fez para conseguir forjar o cartão de vacinação de sua mulher, Gabriela Santiago Cid. Ele acionou três pessoas para finalmente conseguir forjar os dados no ConecteSUS por meio do sistema da cidade de Duque de Caxias (RJ), diz a PF.

Foi na mesma cidade em que Mauro Cid realizou a falsificação dos dados de vacinação de Jair Bolsonaro e de sua filha. O esquema contou com o auxílio de servidores públicos municipais.

Veja como foi feita a fraude de vacinação:

* Mauro Cid pede ao sargento Luís Reis para obter registro de vacina para sua mulher;

* Reis aciona o sobrinho Farley, médico, para assinar o cartão de vacinação;

* Reis entrega para Cid certificado assinado por Farley como se tivesse sido emitido em Cabaceiras (GO);

* Cid pede ajuda de Crespo Alves para inserir dados de vacinação da esposa no ConecteSUS para ela entrar nos Estados Unidos;

* Crespo tenta no Rio de Janeiro, mas não consegue;

* Cid recorre a Ailton Barros, integrante de sua equipe;

* Dados são inseridos no ConecteSUS por meio de login de servidora de Duque de Caxias (RJ);

* Mulher de Mauro Cid viaja para os Estados Unidos com cartão de vacinação falsificado;

* Bolsonaro descobre que Mauro Cid obteve certificado falso de vacinação para a mulher;

* Bolsonaro manda Cid emitir certificados para si e para a filha, Laura;

* 21 de dezembro de 2022: Dados falsos de vacinação de Bolsonaro, Laura, Max Moura e Sérgio Cordeiro (ambos seguranças) são inseridos no ConecteSUS em Duque de Caxias por João Carlos de Souza Brecha, secretário da prefeitura.

* 22 de dezembro de 2022: Cid usa impressora do Palácio do Alvorada para emitir 2 certificados de vacinação;

* 27 de dezembro de 2022: No final de 2022, Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora da prefeitura de Duque de Caxias, excluiu dados de Bolsonaro e sua filha do ConecteSUS.

Veja a lista de indiciados:

* Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;

* Mauro Cid, ex-ajudante de ordens;

* Gabriela Santiago Cid, esposa de Mauro Cid;

* Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);

* Luis Marcos dos Reis, sargento;

* Farley Vinicius Alcântara, médico;

* Eduardo Crespo Alves, militar;

* Paulo Sérgio da Costa Ferreira;

* Ailton Gonçalves Borges, ex-major do Exército;

* Marcelo Fernandes Holanda;

* Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;

* João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias;

* Marcelo Costa Câmara, assessor de Bolsonaro;

* Max Guilherme Machado de Moura, assessor de Bolsonaro;

* Sergio Rocha Cordeiro, assessor de Bolsonaro;

* Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, funcionária da prefeitura de Duque de Caxias;

* Célia Serrano da Silva, secretária de Saúde de Duque de Caxias.

Dados forjados

De acordo com o inquérito, foram forjados dados de vacinação de pelo menos sete pessoas:

* o ex-presidente Jair Bolsonaro;
* a filha de Bolsonaro, hoje com 13 anos (à época, com 12);
* Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
* a mulher e as três filhas de Mauro Cid.

A PF identificou que os dados falsos foram inseridos poucos dias antes de Bolsonaro viajar aos Estados Unidos, em dezembro de 2022 – último mês de mandato como presidente. Naquele momento, os EUA exigiam comprovante de vacinação para admitir a entrada de estrangeiros.

O indiciamento é um dos diversos passos entre a suspeita de uma irregularidade e a eventual condenação dos responsáveis, ao fim do processo.

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