Segunda-feira, 05 de maio de 2025

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Colunistas Quem sabe uma bicicleta?

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Não é nenhuma novidade que, devido à altíssima carga tributária, a compra de um carro no nosso país torna-se um amargo investimento. Sem falar que tal aquisição é necessária, dada a ineficiência do Estado em prover transporte público de qualidade para o cidadão.

O dinheiro arrecadado anualmente com multas, impostos e pedágios ultrapassa os 100 bilhões de reais, porém estamos longe de enxergar quaisquer melhorias na pavimentação de estradas e ruas. Não vemos o dinheiro sendo investido a nosso favor; vemos, sim, que, diariamente, somos fiscalizados por agentes de trânsito que nada mais querem do que engordar os cofres públicos, muitas vezes aplicando multas por infrações banais.

O automóvel passa a ser mais um dos muitos instrumentos de arrecadação de um Estado que continua a oferecer recursos precários em vez de apresentar melhorias nas esferas em que mais necessitamos, como saúde, educação, segurança e mobilidade. A carga tributária pesa, e muito, quando o consumidor fica ciente de que poderia adquirir seu veículo por um valor extremamente mais baixo. A tributação varia de 30% a 50% do valor final do veículo e, no caso de algumas, nem mesmo são regressivas, ou seja, não acompanham a sua desvalorização com o passar dos anos.

A compra de um carro vira necessidade real do consumidor, que, para piorar, precisa dele não só pelo fato de o transporte público ser precário, mas também pela segurança que ele proporciona. O consumidor, ao colocar no papel todos os gastos provenientes da compra do veículo, incluindo também aqui o alto valor do combustível, igualmente tributado, vê uma saída no uso de aplicativos de mobilidade urbana.

O problema é que esses aplicativos, que vieram para facilitar a vida do cidadão, estão sofrendo fortes repressões e intervenções. Infelizmente, essas medias estão ocasionando aumento dos valores cobrados pelos aplicativos, a cada dia que passa. A solução está em pegar sua bicicleta e sair logo, antes que o Estado resolva inventar outro imposto ou outro meio de dificultar ainda mais a sua vida.

Nina Mazzali – Empresaria e associada do IEE (Instituto de Estudos Empresariais)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/quem-sabe-uma-bicicleta/ Quem sabe uma bicicleta? 2018-01-21
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