Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2015
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ex-chefe de gabinete do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-ministro da administração Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho, reagiu aos pedidos de quebra de sigilo de sua família pela Operação Zelotes. O dirigente denunciou um complô para desmoralizar e prender Lula. Segundo Carvalho, o PT tem de reconhecer os erros cometidos no passado, mas não pode ser alvo de perseguições.
Quanto a prestar depoimento na PF (Polícia Federal), Carvalho considerou natural que após dez anos na vida pública possa ser averiguado. “O que não pode é o atropelamento dos direitos individuais. Fiz parte de um governo que conseguiu estabelecer uma autonomia dos procedimentos da PF. Possuo orgulho de termos contribuído para o aumento da transparência mesmo que o nosso partido seja hoje, por erros nossos, vítima desse processo, porém isso é natural”, explicou o ex-ministro.
Carvalho também criticou o vazamento de informações sigilosas. “Critico o cidadão do Fisco que recomendou a quebra de sigilo bancário e fiscal da minha família sem que contra mim houvesse indícios reais, efetivos, que tenha sido beneficiário por propinas ou ações dessa gente que está presa atualmente”, desabafou. Carvalho acrescentou que essas atitudes são leviandades e exposição desnecessária. Observou que não condena a investigação, mas a irresponsabilidade das pessoas”, reclamou.
