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Mundo Queridinha até fevereiro, a ação do Facebook recuou 22% após escândalo: a empresa perdeu 100 bilhões de dólares em valor de mercado

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Até o mês passado, 90% dos analistas sugeriram papéis da rede social. (Foto: Reprodução)

Nos últimos cinco anos, poucas ações foram tão queridas de investidores e analistas de Wall Street quanto as do Facebook não surpreende. Depois de uma oferta pública inicial complicada em 2012, a empresa superou todos os obstáculos que encontrou, entre os quais a transição para a computação móvel. O crescimento de receita e o número de usuários que ela produziu superaram até mesmo as mais otimistas das projeções.

No fim do ano passado, o Facebook contava com 2,2 bilhões de usuários ativos. As ações da empresa subiram 53% em 2017 e responderam, sozinhas, por 3,7 pontos percentuais da alta de 21,8% registrada pelo S&P 500.

No início de fevereiro, o valor de mercado da empresa ultrapassara US$ 560 bilhões (R$ 1,850 trilhão), o que a tornava a quinta mais valiosa entre as empresas do índice.

Àquela altura, o Facebook respondia sozinho por quase 2% do valor do S&P 500, que o significa que toda pessoa que detivesse cota em fundo de ações de base ampla ou em um fundo de índices americano provavelmente possuía ações do Facebook.

Cerca de 90% dos analistas de Wall Street que cobriam a empresa recomendavam compra de suas ações, no começo de fevereiro, ainda que, cotadas a US$ 195, sua razão preço/lucro – indicador de referência sobre o valor de ações –  estivesse bem alta, em 35. No momento, a razão preço/lucro média do mercado é de 24; historicamente, a média é 15.

Era o “preço perfeito”, como gostam de dizer os sabichões de Wall Street. Não importa o que mais se diga sobre as recentes tribulações do Facebook, uma coisa é certa: a situação da empresa está longe de perfeita.

Depois de revelações de que dados recolhidos do Facebook podem ter sido usados para influenciar a votação no referendo britânico sobre a saída da União Europeia e a eleição presidencial americana de 2016, vencida por Donald Trump,o gigante das redes sociais enfrenta múltiplas investigações, bem como a possibilidade de regulamentação que pressionará seus lucros e estabelecerá limites para o uso de dados sobre seus usuários. E as represálias dos investidores foram rápidas.

O valor de mercado do Facebook caiu US$ 100 bilhões desde que atingiu seu mais recente pico, em 2 de fevereiro.

Contaminação

Com a queda de quase 22% das ações do Facebook, as preocupações do investidor começaram a afetar outras ações de mídia social e internet com razão preço/lucro elevadas – entre as quais as ações do grupo apelidado de Faang (Facebook, Apple e Amazon, Netflix e Google) e as do Twitter.

“As pessoas que têm cotas em fundos de índices pre- cisam compreender o quanto o Facebook é importante e o quanto ele e as demais ações Faang influenciaram a alta do mercado”, disse o analista Howard Silverblatt.

“A liderança dos Faang está oscilando. A mídia social não enfrentou muita regulamentação até o momento, e agora uma nuvem pende sobre essas empresas.”

Brian Wieser, analista do Pivotal Research Group, considerou a notícia de que a consultoria Cambridge Analytica havia usado dados da rede social para criar perfis de eleitores “a coisa mais importante que aconteceu para o Facebook desde que a empresa abriu seu capital”.

“A maioria não se preocupa sobre como seus dados são usados. Mas a notícia escancarou o potencial de abuso. Esse é o pecado original da publicidade digital, e haverá um preço a pagar, que acho que a maioria dos investidores não compreende plenamente”, afirmou.

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