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Política Questionado pela CPI, Ministério da Justiça diz que “Careca do INSS” nunca esteve no Ministério

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(Foto: Reprodução)

Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS” preso pela Polícia Federal e acusado de ser um dos principais articuladores do esquema de fraudes na autarquia, não esteve no Ministério da Justiça, informou a pasta à (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS. Em ofício, o MJ afirmou que “não existem registros de entrada e saída em nome do senhor Antônio Carlos Camilo Antunes nas dependências deste Ministério”.

A manifestação da pasta se dá em resposta a um requerimento protocolado pela deputada Adriana Ventura (Novo). Em sua justificativa, a parlamentar argumentou que “o esquema possuía contornos de organização criminosa”, portanto, seria “plausível que Antunes tenha tentado atuar junto ao Ministério da Justiça para influenciar investigações, retardar ações repressivas ou articular defesa política”.

Ventura citou ainda que os elementos colhidos na investigação da PF “recomendam identificar se o investigado manteve contato presencial no MJ, quando e em quais unidades, para apurar eventuais reuniões destinadas à manutenção ou expansão das fraudes”.

O ministério, contudo, refutou essa hipótese.

Na contramão do ministério, Davi Alcolumbre afirmou dias atrás que deve manter a imposição de sigilo às informações sobre entrada e saída de suspeitos de praticar fraudes no INSS em gabinetes de senadores. O pedido, já negado pela Advocacia do Senado, virou um foco de tensão entre integrantes da CPI.

Suposto sócio

A CPMI do INSS deve ouvir na segunda-feira (22), a partir das 16h, mais um suposto sócio de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. Rubens Oliveira Costa havia sido convocado para depor como testemunha na quinta-feira (18), mas não houve tempo para que fosse ouvido. Costa foi o antecessor de Milton Salvador de Almeida, no mesmo cargo de diretor financeiro das empresas de Antunes. Salvador prestou seu depoimento na CPMI na quinta à noite, negando qualquer vínculo societário com Antunes e se qualificando como mero prestador de serviços.

A convocação de Rubens Oliveira Costa foi pedida em 11 requerimentos na CPMI, um deles do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). No pedido (REQ 1856/2025), o relator cita as empresas de Antunes das quais Costa seria sócio, entre elas a Acca Consultoria Empresarial, apontada como parte do esquema das fraudes do INSS. O antigo diretor financeiro também seria sócio de pessoas apontadas como recebedoras de valores provenientes de entidades associativas, que faziam descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas.

“Em vista disso, descortina-se a direta vinculação de Rubens Oliveira Costa na ‘farra do INSS’, sendo necessário que seja ouvido para que se entenda sua relação com os fatos investigados por esta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito”, disse o relator no pedido.

No depoimento prestado na quinta-feira, Salvador declarou ser apenas responsável pelo sistema de contas a pagar e contas a receber das empresas, emitindo e pagando as notas fiscais determinadas pelo Careca, no valor médio de R$ 10 milhões mensais. Alegou não ter conhecimento dos serviços prestados pelas empresas e não ter desconfiado do esquema criminoso.

O técnico em contabilidade relatou, nas respostas aos parlamentares, que só tomou consciência sobre as irregularidades quando recebeu os agentes da Polícia Federal no escritório onde trabalhava e passou a acompanhar o noticiário. Declarou que após o contato com a PF pediu a Antunes, imediatamente, para interromper seu contrato como pessoa jurídica, na prestação de serviços de contabilidade. Informou que Antunes mantinha contrato com uma empresa, a Voga, para realizar os outros serviços de contabilidade. Indagado sobre Rubens Costa, que também é apontado como sócio, Salvador afirmou que foi seu antecessor no cargo de diretor financeiro e que trabalharam pouco tempo juntos.

Rubens Costa, convocado na condição de testemunha, enviou um documento à CPMI. Por meio de seus advogados, ele argumentou que deveria ser convocado na condição de investigado, já que a sua prisão preventiva foi pedida pela CPMI. Para ele, a convocação na condição de investigado daria garantias constitucionais, como o direito de ficar calado para não produzir provas contra si.

O pedido foi negado pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG). Viana afirmou que a decisão de convocar o depoente como testemunha foi colegiada e que não haveria amparo regimental, legislativo ou constitucional para que isso fosse alterado pela presidência da CPMI. As informações são do jornal O Globo e da Agência Senado.

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https://www.osul.com.br/questionado-pela-cpi-ministerio-da-justica-diz-que-careca-do-inss-nunca-esteve-no-ministerio/ Questionado pela CPI, Ministério da Justiça diz que “Careca do INSS” nunca esteve no Ministério 2025-09-19
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