Segunda-feira, 20 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 7 de dezembro de 2015
A Receita Federal decidiu investigar indícios de ilegalidades em transação imobiliária feita pelo pecuarista José Carlos Bumlai, que beneficiou o segundo maior fornecedor da campanha de reeleição de Dilma Rousseff, o empresário Carlos Roberto Cortegôso. Bumlai está preso em Curitiba (PR), acusado, pela Operação Lava-Jato, de fraudar empréstimos.
O pecuarista vendeu sete terrenos para a CRLS Consultoria e Eventos entre três e quatro anos após tê-los incorporado ao seu patrimônio sem obter vantagem financeira na transação. Ele recebeu as áreas da família Demarchi, cujos integrantes são amigos do ex-presidente Lula, em troca da quitação de uma dívida com o banco Bradesco no valor de 3,9 milhões de reais.
Os bens ficam em São Bernardo do Campo (SP) e, em 2007, quando foram anexados por Bumlai, segundo registro em cartório, valiam 3 milhões de reais. A suspeita é que o percuarista tenha vendido os terrenos a preços maiores, mas escriturado custo menor para pagar menos imposto. O Fisco ampliará a investigação para outros negócios do pecuarista.
Cortegôso afirmou que fez um negócio privado e negou irregularidade. O empresário disse ainda disse que nunca foi amigo de Lula. “Falei poucas vezes com ele”, explicou. Arnaldo Malheiros, advogado de Bumlai, comentou que seu cliente revendeu os terrenos pelo mesmo preço que comprou, pois estava precisando de dinheiro.