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Mundo Rede de trens em Hong Kong suspende todos os serviços; operadora alega “vandalismo malicioso”

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Manifestante põe fogo em estação de trem em Hong Kong em noite de protestos. (Foto: Tyrone Siu/Reuters)

A operadora de trens e transportes MTR Corp anunciou a paralisação de todos os serviços em Hong Kong neste sábado (5) devido ao que chamou de “vandalismo malicioso”. O anúncio foi feito horas depois de o governo do território semiautônomo aprovar lei de emergência para conter os protestos. As informações são do portal de notícias G1 e do jornal Folha de S.Paulo.

Em comunicado, a empresa MTR alegou que a equipe da conservação dos trens “precisou garantir a própria segurança antes de poder verificar os extensos danos nas estações”. A operadora ainda acrescentou que pode rever a suspensão no domingo.

A paralisação inclui o serviço expresso de trens ao aeroporto de Hong Kong. A companhia aérea Cathay Pacific pediu que passageiros procurassem ônibus ou outras formas de locomoção para evitar atrasos.

Lei de emergência

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou na sexta-feira a aplicação de uma lei de emergência, que não era utilizada desde 1967, para proibir o uso de máscaras por manifestantes, em uma tentativa de acabar com meses de protestos violentos.

“Acreditamos que a nova lei terá um efeito de dissuasão nos manifestantes violentos e ajudará a polícia em sua missão de manter a ordem”, afirmou Lam em uma entrevista coletiva.

A medida faz parte de poderes de emergência da era colonial invocados por Carrie Lam. Além da proibição das máscaras, as leis de emergência permitem que sejam implementados toques de recolher, censura da mídia e controle de portos e de transportes.

Quem não respeitar a regra poderá ser multado em até 25 mil dólares de Hong Kong, o equivalente a cerca de R$ 13 mil.

A chefe executiva não confirmou nem descartou a possibilidade de outras ações além da proibição das máscaras serem adotadas. Ela afirmou que o território corre sério perigo, mas não está em estado de emergência.

Neste sábado (5), centenas de manifestantes voltaram novamente nas ruas de Hong Kong, com o rosto coberto e mais uma vez contestando a proibição do governo. Mas, à noite, eles haviam se dispersado amplamente em preparação para marchas maiores, planejadas para domingo.

Não sabemos o que vai acontecer, mas sentimos que temos o direito de sair e usar uma máscara”, disse Sue, 22, que usava uma proteção no rosto e óculos escuros.

Em alguns bairros, pessoas fizeram filas para comprar alimentos em antecipação a futuros confrontos.

Nas horas anteriores, um policial atirou quando seu veículo foi cercado por uma multidão e um coquetel molotov explodiu.

Um adolescente de 14 anos ficou ferido e está hospitalizado, em condição estável. Segundo a polícia, o agente agiu em legítima defesa.

Durante a madrugada, manifestantes colocaram fogo na rua, jogaram bombas de gasolina e queimaram bandeiras chinesas.

A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão em distritos como Causeway Bay, Sha Tin e Wong Tai Sin.

A onda de manifestações em Hong Kong, que já duram quatro meses, começaram devido à proposta de lei de extradição, agora suspensa. Mas demandas dos atos evoluíram para apelos por mais democracia.

Ex-colônia britânica, Hong Kong passou ao domínio chinês em 1997. No entanto, a região possui sistemas políticos e judiciais diferentes do resto da China, num regime chamado de “um país, dois sistemas”.

Os ativistas acusam o governo de Pequim de tentar restringir as liberdades que possuem hoje.

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