Quinta-feira, 17 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 27 de agosto de 2019
O percentual de adultos fumantes no Brasil vem apresentando uma expressiva queda. Dados do Sistema de Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) revelam que, em 2018, apenas 9,3% dos brasileiros afirmaram ter o hábito de fumar. Nos últimos 12 anos, a população entrevistada reduziu em 40% o consumo do tabaco.
O tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão, sendo responsável por mais de dois terços das mortes por essa doença no mundo. No Brasil, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima que, até o final de 2019, sejam registrados 31.270 novos casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão em decorrência do tabagismo.
Seguindo essa tendência, desde fevereiro de 2014, todas as unidades da Rede Deville são 100% livres do cigarro. Segundo Lucas Raganhan, gerente de Relacionamento da Rede Deville, além de ser um conceito que vem crescendo, a mudança permitiu oferecer ambientes mais agradáveis e higiênicos, livres de odores originados do tabaco.
“Promovemos treinamentos das equipes de atendimento para orientar os clientes que os hotéis se tornaram 100% não fumantes, de acordo com a Lei Federal Brasileira, lei anti-fumo, de 02 de junho de 2014. Além disso, adquirimos equipamentos com tecnologia de ozônio para desodorizar acomodações onde o cliente fumava, para assim retirar qualquer resquício de cheiro”, explicou.
Até então, além dos ambientes externos, era permitido fumar em apartamentos e/ou andares específicos para fumantes. Nos andares para não fumantes e nas áreas sociais fechadas como lobby, restaurante, bares ou salas de eventos não era permitido.
Segundo Marcos Paulo Massaneiro, supervisor de hospedagem do Deville Business Curitiba, o impacto da política 100% livre do cigarro foi positivo, já que a conduta foi bem assimilada pelos brasileiros: “Uma porcentagem mínima de hóspedes procurou outro hotel que atendesse esta demanda. Além disso, ganhamos outros clientes que não eram adeptos ao fumo e buscavam quartos limpos e cheirosos”.
Joseane Cruz, chefe de recepção do Deville Prime Salvador, tem a mesma opinião. De acordo com ela, era comum a insatisfação com os odores de cigarro nas acomodações, “principalmente, quando um cliente não fumante era acomodado em quarto fumante [e isso ocorria em dias de alta ocupação no hotel], resultando em inúmeras trocas de apartamento”. Atualmente, há alguns questionamentos por parte de estrangeiros fumantes e também pela proibição de fumar nas varandas dos quartos.