Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de abril de 2017
Usado principalmente por crianças, adolescentes e jovens entre 13 e 23 anos, o Musical.ly tem a responsabilidade de criar um ambiente seguro dentro da rede social, para que os menores de idade possam produzir vídeos e buscar conteúdos de outros usuários com tranquilidade e sem preocupar os pais e responsáveis. No entanto, a plataforma de vídeos rápidos ainda tem dificuldades que precisam ser superadas, como a criação de mecanismos para impedir crianças de se cadastrarem e vetar a publicação de imagens de nudez.
Ao utilizar a busca de tags disponível dentro da plataforma, a advogada Chiara de Teffé, pesquisadora do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, encontrou conteúdos de garotas nuas na plataforma. Em um vídeo de pouco mais de 15 segundos, uma mulher exibe partes íntimas para a câmera, ao som de músicas do funkeiro MC Kevinho.
Em seu perfil, a usuária que postou os vídeos alega ter 17 anos e tem pouco mais de 100 fãs e 200 curtidas em seu perfil e em seus vídeos. Nos comentários, jovens usuários das redes sociais comentam frequentemente os vídeos postados e pedem novos conteúdos.
“Bastou uma busca um pouco mais aprofundada para conseguir encontrar vídeos com conteúdo adulto”, afirmou a advogada. “Deveria haver uma forma mais fácil para que usuários denunciassem conteúdos impróprios. Não é uma plataforma fácil de usar.”
Para conseguir denunciar conteúdos inapropriados, usuários precisam entrar nas opções do vídeo e procurar o botão “reportar abuso”. Assim, o conteúdo será analisado. Para a especialista, uma opção mais visível e de fácil acesso para crianças e pais seria o ideal.
Em nota, o Musical.ly afirma que trabalha para impedir que tais problemas aconteçam e que está sempre atento às denúncias de usuários. “O Musical.ly não tolera a veiculação de nenhum tipo de conteúdo adulto ou obsceno no aplicativo.”