Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de julho de 2015
Em meio a uma disputa interna no governo sobre o tamanho do aperto nas contas públicas neste ano, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que reduzir a meta fiscal é uma “ilusão” e pode até levar a um aprofundamento do arrocho. “Os observadores às vezes têm uma ilusão: ‘Ah, então baixou a meta porque acabou o ajuste’. Na verdade, se tiver de baixar, é porque o ajuste tem de continuar, tem de se aprofundar”, declarou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Levy elabora medidas para tentar assegurar a economia de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto) estabelecida pela meta fiscal. A ala política do governo quer baixá-la para 0,6%, a fim de gastar mais. O Ministério do Planejamento argumenta que ficou impossível cumpri-la em ano de recessão. Criticado por falar só em ajuste fiscal em um ano de recessão, Levy disse que “a fraqueza da economia” não vem das restrições orçamentárias, mas justamente das “incertezas e indefinições” porque o ajuste não está completo.
Segundo ele, os “cenários assustadores”, como uma retração de 2% do PIB, não vão acontecer se medidas estruturais reanimarem a economia, e o Brasil não perderá sua nota de bom pagador se conseguir concluir o ajuste fiscal. (Folhapress)