Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2020
Medida atinge todas as chegadas por terra, mar e ar, tanto para os viajantes que moram no na região como para os turistas
Foto: ReproduçãoQualquer pessoa que chega ao Reino Unido a partir do exterior tem que respeitar a partir desta segunda-feira (08) uma quarentena de 14 dias para evitar a importação de novos casos de Covid-19 no país. A medida tem a eficácia questionada e desagrada os setores aéreo e do turismo.
A quarentena, que será revisada pelo governo britânico a cada três semanas, envolve todas as chegadas por terra, mar e ar, tanto para os viajantes que moram no Reino Unido como para turistas.
“Introduzimos esta quarentena porque, como o número de infecções diminui [no Reino Unido], a proporção de infecções procedentes do exterior aumenta”, explicou o ministro da Saúde, Matt Hancock.
“Espero realmente que as pessoas possam embarcar nos aviões, sair de férias no verão [hemisfério norte], mas temos que começar por adotar uma perspectiva prudente”, completou.
O governo prevê a aplicação de controles aleatórios e quem violar a medida será multado em 1.000 libras (1.266 dólares). Pessoas da área de transportes, profissionais da saúde, trabalhadores rurais e pessoas procedentes da Irlanda estarão isentas.
O Reino Unido, um dos países mais afetados pela pandemia, registrou até o momento 40.542 mortes por coronavírus e 287 mil casos de contágio. “Acredito que teríamos realmente que continuar baixando de forma significativa o nível [de contágios] neste país antes que a quarentena comece a ser uma medida eficaz”, declarou recentemente à BBC o professor Robert Dingwall, membro de um subgrupo do comitê científico que aconselha o governo sobre a pandemia.
O conselheiro científico do governo, Patrick Vallance, admitiu que a decisão de impor a quarentena é mais uma decisão política que científica. Os profissionais do setor da aviação e do turismo, muito afetados pela pandemia, opõem-se à medida que freia a retomada de suas atividades.
As companhias aéreas British Airways, EasyJet e Ryanair criticaram no domingo (07), em um comunicado conjunto, um dispositivo “desproporcional e injusto”.