Quinta-feira, 10 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de junho de 2022
O jornalista é acusado de divulgar registros militares e documentos diplomáticos confidenciais dos EUA
Foto: DivulgaçãoO governo do Reino Unido aprovou nesta sexta-feira (17) a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos, onde deve ser julgado por 18 acusações relacionadas à divulgação de registros militares e documentos diplomáticos confidenciais.
“Em 17 de junho, após consideração do Tribunal de Magistrados e do Tribunal Superior, foi ordenada a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos. Assange mantém o direito normal de apelar à decisão no período de 14 dias”, informou o Ministério do Interior britânico em um comunicado.
A decisão não significa o fim da batalha legal de Assange, nascido na Austrália, que já dura mais de uma década. O fundador do WikiLeaks pode apelar para o Tribunal Superior de Londres. Em última análise, ele pode tentar levar o caso à Suprema Corte do Reino Unido. Se o recurso for negado, Assange deverá ser extraditado em menos de um mês.
Acusado de espionagem, o jornalista, de 50 anos, nega qualquer irregularidade. Ele está preso na penitenciária de segurança máxima Belmarsh, na Inglaterra, desde 2019. Antes disso, permaneceu na embaixada do Equador em Londres por sete anos. Nos Estados Unidos, Assange pode enfrentar uma pena de até 175 anos de prisão.
Fundado em 2006, o WikiLeaks (www.wikileaks.org) é especializado na análise e publicação de dados de materiais oficiais censurados ou restritos envolvendo guerra, espionagem e corrupção. Até agora, o site publicou mais de 10 milhões de documentos e análises.