Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de julho de 2021
O governo do Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (28) a revogação da exigência de quarentena para viajantes dos Estados Unidos e da União Europeia que tenham sido completamente vacinados contra o novo coronavírus. A medida entra em vigor no próximo dia 2 de agosto e reflete a melhora da situação epidemiológica no país.
Até agora, o isolamento preventivo só tinha sido revogado para residentes vacinados do Reino Unido em viagens de retorno ao país. Atualmente, britânicos podem viajar a 19 Estados-membros da UE sem necessidade de quarentena, desde que estejam totalmente imunizados.
O governo do premiê Boris Johnson já eliminou todas as restrições remanescentes do lockdown do início do ano, inclusive a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre, apesar dos temores sobre a disseminação da variante Delta do novo coronavírus.
No entanto, após um repique a partir da segunda quinzena de junho, os casos diários de covid-19 voltaram a cair na semana passada. Além disso, a vacinação avançada vem demonstrando ser capaz de conter internações e mortes – cerca de 70% da população já tomou ao menos uma dose, enquanto 55% das pessoas concluíram o ciclo de imunização.
Ainda assim, o próprio Johnson alertou na última terça-feira (27) que a pandemia não acabou e que é preciso manter uma “dose de prudência”.
Setor de viagens
O setor de viagens do Reino Unido criticou fortemente o governo pela demora na abertura do país, dizendo que isso desperdiçou a liderança britânica na distribuição de vacinas no mundo e deu à UE vantagem inicial na atração a turistas.
Os viajantes, no entanto, ainda terão que fazer um teste de covid-19 antes de partir e logo após chegar à Inglaterra, escreveu o ministro dos Transportes, Grant Shapps, no Twitter.
A mudança ajudará as companhias aéreas e agências de viagens a fechar mais negócios, após 16 meses de restrições que deixaram muitas empresas sob grande crise financeira.
Ações da British Airways subiam 3% e as da easyJet avançavam 4%, enquanto as da Wizz Air tinham alta de 5%.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse mais cedo à rádio LBC querer que os cidadãos norte-americanos se dirijam “livremente” à Inglaterra e está discutindo um corredor de viagens com os Estados Unidos. As informações são das agências de notícias Ansa e Reuters.