Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de março de 2021
Segundo a imprensa britânica, o problema se deve a um atraso na entrega de entre 5 e 10 milhões de doses produzidas na Índia pelo Serum Institute
Foto: ReproduçãoO governo britânico garantiu, nesta quinta-feira (18), que a anunciada redução no fornecimento de vacinas contra a Covid-19 em abril não interromperá sua campanha de vacinação em massa, nem a desescalada progressiva do confinamento imposto desde o início do ano.
“Acreditamos que haverá alguns problemas de abastecimento nas próximas semanas, mas não há razão para se preocupar”, disse o ministro de Governos Locais, Robert Jenrick, ao canal privado Sky News.
“Continuamos no caminho para cumprir nossos objetivos” de oferecer uma primeira dose a todos com mais de 50 anos em meados de abril e a todos os adultos até o final de julho, afirmou, destacando que o calendário de desconfinamento não será afetado por esse problema “temporário” de abastecimento.
Em uma carta que vazou para a imprensa na quarta-feira (17), o serviço de saúde pública da Inglaterra advertiu os centros de vacinação sobre uma “redução significativa” nos suprimentos semanais a partir de 29 de março e por um mês, sem detalhar as causas, nem os fabricantes envolvidos.
Segundo a imprensa britânica, o problema se deve a um atraso na entrega de entre 5 e 10 milhões de doses produzidas na Índia pelo Serum Institute para o laboratório britânico AstraZeneca.
“Há algumas semanas foram entregues cinco milhões de doses ao Reino Unido e tentaremos fornecer mais, mais à frente, em função da situação atual e das necessidades do programa de imunização do governo na Índia”, explicou um porta-voz do Serum Institute na Índia.
Já a AstraZeneca se limitou a emitir um breve comunicado, sem mencionar seus fornecedores internacionais: “Nossa cadeia de suprimento nacional no Reino Unido não está passando por qualquer interrupção e não há impacto em nosso calendário de entregas”.
O Reino Unido, que já administrou uma primeira dose a 25,2 milhões de pessoas, metade de sua população adulta, usa as vacinas da AstraZeneca/Oxford e da Pfizer/BioNTech para sua campanha em massa.
Procurada pela AFP, a Pfizer garantiu que suas entregas de vacinas ao Reino Unido avançam “segundo o previsto” no primeiro trimestre.