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Brasil A estratégia do governo de tentar acelerar na Câmara dos Deputados a análise da denúncia do procurador-geral da República contra Michel Temer esbarra em uma questão jurídica. Antes de ser encaminhada ao Congresso, a acusação formal pode ficar ao menos 20 dias no Supremo

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"O cumprimento da pena, em tais circunstâncias, constitui regra geral", disse Fachin. (Foto: Agência Brasil)

A estratégia do governo de tentar acelerar na Câmara dos Deputados a análise da denúncia que será oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer esbarra em uma questão jurídica. Antes de ser encaminhada ao Congresso, a acusação formal pode ficar ao menos 20 dias no STF (Supremo Tribunal Federal).

Há um entendimento na Corte de que o ministro relator do caso, Luiz Edson Fachin, deve, antes de enviar a denúncia para o Congresso, pedir a manifestação das partes para “aparelhar” a acusação – como se a discussão fosse ser levada ao plenário. Pela Constituição, a Câmara precisa admitir a denúncia contra o presidente antes de o Supremo julgar se abre ou não uma ação penal.

Aliados do governo na Câmara articulam para que a votação seja analisada em, no máximo, dez dias, antes do início do recesso parlamentar. O recesso está previsto para começar em 18 de julho. Em regime normal, essa tramitação duraria pelo menos 30 dias. “Tem que votar antes do recesso”, afirmou Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo na Casa.

O Palácio do Planalto quer acelerar a tramitação da denúncia na Câmara com a confiança de que o plenário vai recusar a autorização para o Supremo julgar a acusação contra o presidente. A avaliação no governo é de que a demora pode aumentar o risco de surgirem fatos novos relativos ao inquérito.

Temer é investigado pelos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa com base na delação de Joesley Batista, dono da JBS. Outro temor no governo é de que a demora passe uma sensação de paralisia da gestão. O Palácio do Planalto avalia que as discussões sobre a reforma da Previdência no Congresso só poderão ser retomadas após a tramitação da acusação formal da Procuradoria-Geral da República na Câmara.

Prazos

Se Fachin decidir abrir prazo para defesa prévia dos acusados e depois solicitar resposta do Ministério Público, a denúncia poderá ser encaminhada para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), após o início do recesso. A expectativa é de que Janot envie a acusação ao Supremo no dia 23 de junho, pouco mais de 20 dias corridos antes do recesso.

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https://www.osul.com.br/relator-da-lava-jato-no-supremo-o-ministro-edson-fachin-pode-atrasar-o-envio-da-denuncia-contra-o-presidente-michel-temer/ A estratégia do governo de tentar acelerar na Câmara dos Deputados a análise da denúncia do procurador-geral da República contra Michel Temer esbarra em uma questão jurídica. Antes de ser encaminhada ao Congresso, a acusação formal pode ficar ao menos 20 dias no Supremo 2017-06-15
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