Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de maio de 2016
A cinco dias de o plenário do Senado analisar a admissibilidade do processo de impeachment, a presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (06), em evento do Programa Minha Casa, Minha Vida no Palácio do Planalto, que resistirá “até o último dia”. Se os senadores autorizarem a instauração do processo de impeachment, Dilma será afastada da Presidência por até 180 dias para ser julgada pelo Senado.
Em um discurso no qual voltou a se dizer vítima de um “golpe”, Dilma declarou, mais uma vez, que não pretende renunciar ao mandato. Ela reiterou que não cometeu nenhum crime de responsabilidade. “Sabemos que a história deixará bem claro quem é quem nesse processo. Por isso, queriam que eu renunciasse. Sou muito incômoda, primeiro porque sou a presidenta eleita. Segundo, porque não cometi nenhum crime. Terceiro, porque sou a prova viva de um golpe sem base legal, que tem por objetivo ferir interesses e ferir conquistas adquiridas ao longo dos últimos 13 anos. Tenho a disposição de resistir. Resistirei até o último dia.”
Eduardo Cunha
A petista também comentou a decisão unânime do plenário do Supremo de afastar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. Para ela, o peemedebista é uma pessoa “destituída de princípios morais e éticos”.
“Gostaria de dizer aos senhores que meu processo [de impeachment] é um processo violento. Como ele foi feito? Foi necessário uma pessoa destituída de princípios morais e éticos, acusada de lavagem de dinheiro e de contas no exterior, para perpetrar este golpe”, disse a mandatária ao se referir a Cunha. (AG)