Por Redação O Sul | 21 de novembro de 2025
A ideia da prefeitura para transformar o Centro Histórico de Porto Alegre na maior galeria de arte urbana a céu aberto da América Latina está prestes a avançar mais uma posição no tabuleiro urbanístico. Após o trabalho de Giovana Balestrin, Brenda Klein e Ana Scarceli no prédio dos Correios na rua Sete de Setembro, agora é Maick Lima da Silva (o “Maick Sei Lá”) quem deixará sua marca na região, com a pintura de um painel.
O trabalho é realizado em em um muro localizado em frente ao Centro Administrativo Municipal (sede do Executivo da Capital desde 2022), localizado no penúltimo trecho da rua General João Manoel antes do Cais Mauá. Quem acolheu a proposta e cedeu suas paredes foi a Santa Casa de Porto Alegre.
Coordenado pelo programa “Centro+”, da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (SMPG), o projeto tem como parceiro o hub criativo BS Project, dentre outros. O titular da pasta, Cezar Schirmer, destaca: “Esse projeto é um dos exemplos do esforço do governo Melo para revitalizar o Centro Histórico, fruto de uma gestão que acredita na transformação dessa região, com apoio da iniciativa privada e da comunidade”.
Impacto positivo
A iniciativa ganhou força há um ano com a transformação da antiga Travessa Araújo Ribeiro em “Travessa Passarinho” (próxima à Casa de Cultura Mario Quintana). E tem ampliado a revitalização do entorno, aspecto que tem na arte uma presença decisiva.
Há um ano, a antiga Travessa Araújo Ribeiro ganhava um novo nome e significado: Travessa Passarinho. Desde sua entrega, em 23 de novembro de 2024, o local, antes marcado pela baixa circulação de pessoas, consolidou-se como um espaço cultural e de convivência. Nesse período, recebeu 24 eventos, incluindo apresentações musicais, feiras e intervenções artísticas, reunindo mais de 30 mil pessoas.
Outra mudança significativa se deu no âmbito da segurança pública, afirma a prefeitura: “De acordo com dados da Brigada Militar, os registros de assalto a pedestre em três ruas próximas apresentaram queda expressiva no comparativo entre este ano e 2023 – 50% na rua João Manoel, quase 70% na Siqueira Campos e em torno de 47% na Sete de Setembro”.
Além disso, em julho deste ano, a Travessa passou a ter o trânsito bloqueado para veículos aos finais de semana, ampliando as oportunidades de uso da via pelos pedestres. Schirmer finaliza:
“O Centro Histórico vive um momento de grande efervescência, com novas lojas, retrofits e mais investimentos, inclusive com apoio internacional, como o da Agência Francesa de Desenvolvimento. A região está cada vez mais atrativa e, inclusive, mais segura”.
(Marcello Campos)
