Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 10 de agosto de 2016
O site do jornal espanhol El País publicou uma matéria em que afirma que a Rio 2016 é a olimpíada mais gay da história. Cita o pedido de casamento de uma jogadora da seleção brasileira de rúgbi. Enquanto a Austrália celebrava a vitória sobre a Nova Zelândia na modalidade, Marjorie Enya, uma voluntária que trabalhava no estádio, entrou no campo, pegou o microfone e declarou seu amor a Isadora Cerullo, jogadora de rúgbi da seleção do Brasil.
“Depois de ouvir o ‘sim’, Enya, de 28 anos, improvisou uma aliança fazendo um laço no dedo de Isadora, de 25 anos, e o beijo das duas passou a ser uma das imagens mais populares dos Jogos Olímpicos do Rio até agora”, aponta a matéria.
“O número de atletas assumidamente LGBTQ – 43 no total – é o maior da história. Um deles, o britânico Tom Daley ganhou a medalha de bronze no salto sincronizado na segunda-feira. A judoca Rafaela Silva, o primeiro ouro do Brasil, também é lésbica. E, pela primeira vez na história, duas atletas estão casadas: as também britânicas Kate Richardson-Walsh e Helen Richardson-Walsh. Na noite da cerimônia de abertura, cinco dos ciclistas que puxavam as delegações dos países eram transexuais, incluindo a famosa modelo Lea T, que abriu caminho para os atletas brasileiros”, segue o texto do jornal espanhol.
A reportagem não deixa de lado os episódios homofóbicos que se multiplicam pelo Brasil e repassa informações do site do Grupo Gay da Bahia, de que um membro da comunidade LGBTQ é agredido a cada 28 horas.
“Por isso, o tom desta Olimpíada ganha ainda mais importância. Neste contexto, a visibilidade dos atletas assumidos tem um ganho incomensurável para o coletivo”, conclui.