Sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2015
O Rio Grande do Sul apresentou o pior resultado da série história do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), com corte de mais de 15 mil vagas de emprego no mês de maio deste ano. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Ministério do Trabalho. O RS ficou atrás apenas de São Paulo, que foi o Estado com pior saldo de empregos no mês – ao todo, 23 mil vagas foram extintas.
De acordo com as informações, foram cortadas 15.815 vagas de emprego celetistas, equivalente a uma retração de 0,59% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior.
A retração foi causada por todos os setores de atividades econômicas com destaque principalmente para indústria de transformação (-5.901 postos), agropecuária (-2.970 postos), construção civil (-2.459 postos) e comércio (-2.419 postos).
A queda no número de vagas no Estado segue a tendência nacional. De acordo com os dados do Caged, o Brasil fechou 115.599 vagas formais de trabalho em maio. É a primeira vez em que as demissões superam as admissões em um mês de maio desde 1992.
No País
O Brasil registrou retração de 115.599 empregos com carteira assinada em maio, na comparação com o mês anterior. No período, foram admitidos 1.464.645 trabalhadores, número inferior às admissões registradas no mês de abril, que totalizou 1.580.244 trabalhadores.
O saldo representa uma diminuição de 0,28% no número de vagas do mercado de trabalho do País.
Em maio de 2014, o saldo de empregos formais foi positivo, em 58.836 vagas.
No acumulado do ano, o Brasil contabiliza decréscimo de 243.948 vagas. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a retração chega a 452.853 postos de trabalho, o que, de acordo com o Ministério do Trabalho, corresponde a um declínio de 1,09% no contingente total de empregos com carteira assinada do País.
Dos oito setores pesquisados pelo Caged, apenas um obteve saldo positivo: a agropecuária que abriu 28.362 vagas, 1,83% a mais do que o resultado de abril.
Na indústria
A indústria da transformação foi a que registrou, em termos absolutos, a maior queda, com eliminação de 60.989 postos de trabalho, variação negativa de 0,75% na comparação com abril.
Em termos proporcionais, o pior resultado foi o do setor de construção civil, que teve uma queda de 1% na comparação com o mês de abril, o que corresponde a 29.795 vagas a menos.
O setor de serviços também registrou queda, com o encerramento de 32.602 empregos formais.
As reduções de vagas
São Paulo é a unidade federativa que mais demitiu, com redução de 23.037 postos de trabalho. O segundo pior resultado foi do Rio Grande do Sul (-15.815), seguido pelo Rio de Janeiro (-11.105) e Minas Gerais (-10.024). Com retração de 2,73% no número de vagas de emprego, Alagoas foi o Estado com pior resultado em termos proporcionais.
Apenas quatro Estados obtiveram saldo positivo: Mato Grosso do Sul, com ampliação de 534 vagas; Goiás (333); Acre (193) e Piauí (63). (ABr, AE e AG)