Sexta-feira, 23 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2025
Os recursos se somariam aos R$ 20,8 milhões já anunciados pelo Estado na Operação Inverno Gaúcho
Foto: Cesar Lopes/PMPAO governo do Rio Grande do Sul informou nesta sexta-feira (23) que solicitará ao governo federal o repasse de R$ 26,1 milhões para a abertura, por três meses, de 405 leitos para pacientes adultos com síndrome respiratória aguda grave (Srag) ou que necessitam de suporte ventilatório pulmonar (SVP).
Os leitos reforçariam o atendimento durante o inverno, evitando a sobrecarga nos serviços de emergência, com filas de espera e elevado risco à população.
Os recursos se somariam aos R$ 20,8 milhões já anunciados pelo Estado na Operação Inverno Gaúcho, a serem aplicados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Também haverá o repasse de R$ 17,9 milhões do Ministério da Saúde para 211 leitos de UTI pediátrica e com SVP, novos ou convertidos, conforme portaria publicada no início deste mês.
“No caso dos leitos pediátricos, já há regulamentação. Nos leitos adultos, ainda não. Por isso, estamos pedindo que sejam regulamentados”, explicou a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Fagundes. “Mensalmente, estamos pedindo menos do que o Estado investiu com a Operação Inverno Gaúcho”, prosseguiu.
Os valores pleiteados junto ao governo federal foram calculados com base nas respostas dos hospitais que se manifestaram para a abertura de leitos Srag. Seriam R$ 4,3 milhões mensais para 80 leitos de UTI Srag e mais R$ 4,38 milhões mensais para 325 leitos SVP.
Na segunda-feira (19), o governo do Estado decretou emergência em saúde pública com foco na prevenção e enfrentamento da Srag, especialmente em crianças. De acordo com dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), o Rio Grande do Sul já registrou neste ano cerca de 4,6 mil hospitalizações por Srag, causadas por infecções como Influenza (gripe), Covid-19, vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros. Do total de casos, 337 evoluíram para óbito. Entre as crianças menores de 5 anos, foram registradas 1,54 mil internações e dez mortes.
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