Domingo, 08 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de março de 2020
A pandemia de coronavírus tem alterado a rotina de inúmeras cidades em todos os continentes do planeta. Nas grandes metrópoles, principalmente, o cuidado e a preocupação são ainda maiores, pois, devido ao tamanho da população, pode acontecer a chamada transmissão comunitária – aquela em que o vírus é transmitido internamente, atingindo números alarmantes e de maneira muito rápida. Uma dessas metrópoles, Hong Kong, na China, está adotando medidas bem interessantes e tecnológicas para conter o avanço da COVID-19. A que chamou mais atenção foi a utilização de robôs especiais para a limpeza das estações de metrô, locais sabidamente cheios de pessoas e com aglomerações a todo momento.
O aparelho, que tem forma de uma pequena geladeira, lança uma solução à base de água oxigenada para desinfetar todas as superfícies das estações. Além disso, ele atua mesmo depois de as equipes de limpeza terem feito seu trabalho, pois esse mecanismo que lança o ativo químico consegue penetrar em locais de difícil acesso. Toda essa parafernália, porém, custa bem caro: cada unidade do robô de limpeza sai por módicos US$ 129 mil e o governo local está com 20 desses aparelhos.
A cidade de Hong Kong, por mais que esteja na China, registra uma quantidade relativamente baixa de casos, uma vez que sua população é de 7,5 milhões de habitantes. Até 11 de março, eram 129 confirmados, porém, o número que assusta é que apenas 39 vieram de fora da cidade. Por isso, as autoridades estão tomando essas medidas para conter a transmissão comunitária.
Outras cidades como Nova York, Boston e a área central de Cingapura estão adotando medidas de limpeza mais rigorosas em suas estações de metrô. Aqui no Brasil, o metrô de São Paulo ainda não se manifestou sobre medidas de segurança e limpeza especiais diante do surto de coronavírus.
Raios ultravioleta
Raios ultravioleta (UV) para desinfetar ônibus e elevadores: este é o método de alta tecnologia e ultrarrápido utilizado na China para eliminar qualquer rastro potencial do novo coronavírus. Diante da pandemia de COVID-19, as empresas chinesas estão sob pressão e precisam aplicar ao pé da letra as instruções de prevenção das autoridades.
A empresa de transporte público de Xangai, Yanggao, transformou um túnel de lavagem tradicional para ônibus em uma zona de desinfecção equipada com 120 tubos UV.
O novo processo reduz a duração do procedimento de 40 para cinco minutos. “Desde o início da epidemia buscávamos um meio de desinfecção mais eficaz, em termos de mão de obra e custo”, explica à AFP Qin Jin, vice-diretor geral da Yanggao.
O procedimento anterior exigia a presença constante de dois funcionários. Antes de limpar, eles espalhavam um líquido desinfetante no veículo.
“O problema é que às vezes não atingíamos alguns cantos”, explica Qin. As informações são do site Canal Tech e da agência de notícias AFP.