Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2021
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse não ter dúvidas de que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cometeu crime ao conduzir a pasta durante a pandemia da covid-19 no País.
“Pelo menos o ministro da Saúde já cometeu crime, eu não tenho dúvida nenhuma. A irresponsabilidade dele (ao falar ) de tratamento precoce, a irresponsabilidade de não ter respondido a Pfizer, a irresponsabilidade de não ter, como ministro da Saúde, se aliado ao Instituto Butantan para acelerar a produção daquela vacina, e não apenas a vacina da Fiocruz. Tudo isso caracteriza crime e a PGR (Procuradoria-Geral da República) está investigando”, disse Maia na segunda-feira (25) na Câmara dos Deputados.
O canal CNN Brasil divulgou na última sexta (22) uma carta da Pfizer, enviada ao presidente Jair Bolsonaro e à equipe de ministros ainda em setembro, com apelo para que o Brasil fechasse um acordo para a compra da vacina da farmacêutica contra a covid-19 com celeridade, uma vez que havia alta demanda mundial pelo insumo. O Ministério da Saúde confirmou o conteúdo da correspondência no sábado (23). Para Maia, se a pasta não respondeu à carta, isso configuraria crime.
Maia defendeu uma investigação dos atos do Ministério da Saúde por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Para ele, o governo não deu explicação consistente sobre ter ignorado uma carta do laboratório Pfizer, reduzindo as possibilidades de vacinação no Brasil.
O presidente da Câmara ponderou, no entanto, que é necessário fazer uma investigação, inclusive para apurar qual é a responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro nessa questão. Ele disse ainda que essa atitude comprometeu também o crescimento do País.