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Celebridades Em novo filme, Rodrigo Santoro será professor cubano encarregado de ser intérprete de vítimas do acidente nuclear de Chernobyl

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“Achei a história genial e comovente”, disse o ator brasileiro. (Foto: Divulgação)

A versatilidade de Rodrigo Santoro é bem contemplada no cinema brasileiro — da travesti de “Carandiru” ao adolescente de “Bicho de Sete Cabeças”. Mas sua participação em blockbusters internacionais pouco deu a chance para um espectro mais amplo de personagens.

Aos 43 anos, ele vai reconquistando alguma versatilidade, como mostra “O Tradutor”, em cartaz, que o tem no papel de um intelectual atormentado, introspectivo.

“Queríamos alguém que exalasse vulnerabilidade emocional e física”, diz um dos diretores Rodrigo Barriuso, parecendo desconhecer o vilão gigante que o ator viveu em “300”. “Quando se pensa num professor de literatura russa, a imagem é muito clara, né? Não dá para ser um Jason Momoa.”

No filme, Santoro imprime mesmo alguma fragilidade. Ele interpreta Malin, acadêmico cubano recrutado pelo governo para servir de tradutor a crianças afetadas pelo acidente nuclear de Chernobil que eram tratadas em Havana — na época da cortina de ferro, Fidel e a URSS mantinham uma relação próxima.

Relutante no começo, o professor vai se sensibilizando diante das tragédias daqueles jovens. A história é inspirada na vida do pai dos diretores, Rodrigo e Sebastián Barriuso, que ajudou os pacientes soviéticos enquanto testemunhava o declínio econômico de Cuba diante da queda do Muro de Berlim.

“Achei a história genial e comovente”, diz o ator, que também relutou em aceitar o papel. “Tinha emendado muitos trabalhos, perdido um amigo. Planejava uma viagem para surfar. Mas algo me sabotava. Era meu corpo reagindo e querendo esse papel.”

O fato de interpretar o pai dos diretores, entretanto, não foi nenhum fardo. “Não havia compromisso com a imagem dele. O personagem é inspirado, teve a mesma vida que ele.”

Mas os idiomas foram uma dificuldade. Santoro tinha não só que falar o espanhol com sotaque cubano, como tinha que mostrar desenvoltura no russo. Durante quatro semanas, estudou o idioma de Tolstói pelas manhãs, e o de Leonardo Padura pelas tardes. No set, dois instrutores ficavam na sua cola, ouvindo cada linha pronunciada.

As filmagens levaram o ator de volta a Havana. Na primeira vez tinha sido para viver Raúl Castro em “Che” (2008), de Steven Soderbergh.

“Tinha mudado para caramba”, conta. “Agora tinha internet e aquilo estava transformando a cultura das pessoas na minha frente.”

Um pouco dessas nuances ele crê estarem impressas no filme, ainda que ambientado em outra época. “É um lugar de muitas contradições, e no nosso retrato fugimos daquele estereótipo do sol, da rumba e tal.”

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