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Brasil Roger Agnelli foi o diretor executivo mais jovem do Bradesco e comandou a Vale em um processo de internacionalização

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Roger Agnelli morreu no acidente aéreo junto com a família. (Foto: Arquivo/Alex Silva/AE)

Roger Agnelli, 56 anos, ex-presidente da mineradora Vale, morreu na queda do avião monomotor sobre uma casa na Zona Norte de São Paulo na noite de sábado. Sua mulher e dois filhos também morreram, assim como o genro, a namorada do filho e o piloto. Agnelli era famoso por ser um executivo ousado e de temperamento forte. Ele foi presidente da Vale de 2001 a 2011, período em que a companhia passou de oitava mineradora mundial para segunda posição.

Admirado e temido por seu estilo de gestão, o executivo fez o lucro da companhia sair de 3 bilhões de reais para 30 bilhões de reais. No mesmo período, foi eleito pela revista de gestão empresarial Harvard Business Review como o quarto CEO com melhor desempenho no mundo. A lista era liderada por Steve Jobs, da Apple, seguido do presidente da Amazon, Jeffrey Bezos, e pelo ex-CEO da Samsung, Yun Jong-Yong.

Formado em Economia, Agnelli começou sua carreira em 1981, no Bradesco, como analista de investimentos. Em 1998 tornou-se diretor executivo – aos 38 anos, foi o mais jovem a assumir uma diretoria do Bradesco. Em 2000 assumiu a presidência da Bradespar, uma das acionistas da Vale.

Em 2001, Agnelli assumiu a presidência da Vale, que, em sua gestão, se globalizou e expandiu para áreas como carvão, fertilizantes, energia, e construiu uma frota própria de navios mineraleiros. Em maio de 2011 saiu da mineradora e após um ano sabático, fundou a holding AGN. Em 2012, uniu-se ao banco BTG Pactual, para criar a B&A Mineração SA. (AE)

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