Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de janeiro de 2024
O ministro afirmou que o Brasil não permitirá o uso de território brasileiro para que a Venezuela invada a Guiana.
Foto: CMA/DivulgaçãoRoraima recebeu 16 viaturas blindadas do Exército Brasileiro para reforçar a segurança na fronteira entre Brasil e Venezuela. O envio ocorre devido à tensão entre o país venezuelano e a Guiana pela região de Essequibo.
As viaturas percorreram 6 mil quilômetros da cidade de Cascavel, no Paraná, até Boa Vista, capital de Roraima. A viagem iniciou no dia 6 de dezembro e os veículos percorreram vias fluviais e terrestres para chegar até o estado.
Em dezembro, o Ministério da Defesa informou que havia deslocado blindados para reforçar a segurança em Pacaraima, cidade que faz fronteira com a Venezuela. À época, o ministro da Defesa, José Múcio, disse que a operação já estava planejada para o combate ao garimpo na região, mas que as viaturas podem ajudar na segurança da região.
O ministro afirmou que o Brasil não permitirá o uso de território brasileiro para que a Venezuela invada a Guiana e chegou a avaliar a movimentação de Maduro para anexar parte do território da Guiana como uma manobra política devido à proximidade das eleições no país vizinho.
“Eles só chegarão à Guiana passando, se passassem, por território brasileiro. E nós não vamos permitir em hipótese nenhuma”, disse Múcio.
Os veículos são do modelo guaicuru, leve sobre rodas (VBMT-LSR) 4X4 LMV-BR, batizados assim em homenagem ao povo indígena do Centro-Oeste brasileiro. O conjunto de viaturas deve ser integrado 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado, uma nova unidade montada em resposta à atual “conjuntura geopolítica da fronteira norte”, segundo o Exército.
“A ação faz parte do Plano Estratégico do Exército e visa fortalecer a prontidão operacional e logística do Comando Militar da Amazônia. Tal iniciativa reafirma o comprometimento do Exército Brasileiro em garantir uma presença forte e eficiente na Região Amazônica”, disse.
Disputa por Essequibo
Em novembro do ano passado, o Ministério da Defesa anunciou que iria intensificar a segurança na região da fronteira, em Roraima, devido à escalada da disputa entre a Guiana e Venezuela pela região de Essequibo.
O assunto retomou para discussão dos países depois que o presidente da Venezuela Nicólas Maduro, realizou um referendo sobre a anexação de Essequibo, região maior que a Inglaterra e o estado do Ceará que corresponde à 70% do território guianês mas que a Venezuela alega ser sua historicamente.