Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2019
O presidente Jair Bolsonaro criticou, no sábado (13), a taxa ambiental que é cobrada para visitar uma praia no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, e disse que o valor “explica porque quase inexiste turismo no Brasil”. No Facebook, o presidente citou a cobrança de “R$ 106 para frequentar uma praia em Fernando de Noronha” e que isto sobe para turista estrangeiro, indo a R$ 212. “Isso é um roubo praticado pelo Governo Federal (o meu Governo). Vamos rever isso”, escreveu, referindo-se a uma portaria do Ministério do Meio Ambiente que instituiu o pagamento da taxa. Ele finaliza a publicação pedindo que se “denuncie práticas porventura semelhantes em outros locais”.
Cobrada desde 2012, a taxa permite acesso ao Parque Nacional Marinho, que engloba algumas das praias mais conhecidas de Noronha, como a do Sancho e a Baía dos Porcos. O valor pago pelo turista para visitar a praia é válido por dez dias. O parque é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), do Ministério do Meio Ambiente. Além desta citada por Bolsonaro, ao entrar na ilha, o visitante deve pagar uma taxa de permanência chamada Taxa de Preservação Ambiental (TPA). Diferentemente da paga para acessar o Parque Marinho, a TPA é cobrada e arrecadada pelo Governo Estadual de Pernambuco, que administra o Distrito de Fernando de Noronha. A taxa varia de acordo com a quantidade de dias que o turista permanecerá em Noronha e começa em R$ 73,52.
Cerca de 70% do valor do ingresso é revertido para melhorias no Parque Nacional. Ou seja, todo visitante colabora diretamente com a conservação dos recursos naturais e a preservação do arquipélago. Atualmente, cerca de 230 espécies de peixes e 15 de corais, além de golfinhos-rotadores e diversas espécies de tubarões e raias, são abrigadas lá.