Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 14 de outubro de 2021
A partir de um acordo firmado com a Nasa (a agência espacial norte-americana), a Austrália enviará um rover construído em território nacional para a Lua. A previsão é que a missão seja lançada no início de 2026, com o objetivo de examinar o oxigênio presente na rocha lunar e seu uso para sustentar a presença humana permanentemente no espaço.
A parceria não pega ninguém de surpresa, pois, no final do ano passado, a Austrália assinou o Acordos Artemis da Nasa, o qual define princípios que guiam a cooperação internacional para a exploração espacial. Ao todo, o rover australiano custará até 50 milhões de dólares e será lançado no começo de 2026, desde que cumpra os critérios técnicos estabelecidos pela agência estadunidense. A indústria australiana interessada em participar do desenvolvimento do rover precisará se inscrever no programa Trailblazer, do governo.
Com o Programa Artemis, a Nasa pretende levar a primeira mulher e a primeira pessoa negra para a Lua e, assim, estabelecer de forma permanente a presença humana por lá. Mas, antes disso, é necessário avaliar quais recursos naturais poderão ser utilizados, como é o caso do regolito, do qual é possível extrair oxigênio.
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, encara a missão como uma ótima oportunidade para o país avançar em direção ao sucesso do setor espacial, além de criar mais empregos e crescer a economia. Segundo Morrison, um das principais metas do governo é desenvolver a capacidade da indústria espacial australiana.
O rover, que precisará pesar menos de 20 kg, precisará operar com autonomia pela superfície lunar na busca e coleta de regolito, além de armazená-lo.
Enrico Palermo, chefe da agência espacial australiana, informou que “a Austrália está na vanguarda da tecnologia e sistemas robóticos para operações remotas, que serão fundamentais para estabelecer uma presença sustentável na Lua e, eventualmente, apoiar a exploração humana de Marte”. O administrador da Nasa, Bill Nelson, disse que o acordo fortalecerá as relações entre as duas nações.
A ministra da indústria e da ciência da Austrália, Melissa Price, encara a parceria como uma “história lunar” que impulsionará a indústria espacial do país, a qual crescerá até 8,3% ao ano até 2026, quando o rover será lançado. “Bem como inspirar toda uma nova geração de jovens a ingressar em carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática”, acrescentou Price.