Sexta-feira, 28 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de dezembro de 2015
Diante da resistência crescente dentro do governo com o tema, a decisão do Congresso de liberar a compra de terras a empresas com maioria de capital estrangeiro, sobretudo multinacionais, está cada vez mais distante de um desfecho e deverá ficar apenas para o próximo ano.
A presidenta Dilma Rousseff avisou à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que só sancionará uma lei autorizando as compras de terras se o texto estipular limites para o tamanho das propriedades que serão alvo de companhias internacionais. Caso contrário, não terá outra saída senão vetar.
Grandes empresários dos setores de papel e celulose, açúcar e etanol, grãos e algodão manifestaram interesse em adquirir terras no Brasil, porém alegaram ser barrados pela legislação brasileira que hoje inibe o investimento. Eles não concordaram com as travas na lei, de 1971, que rege o negócio.
A bancada ruralista aceitou então fazer alterações no projeto de lei 4059-2012, que se encontra em regime de urgência e sobre a mesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à espera de votação. É é a terceira vez em 2015 que os ruralistas tentam avançar no assunto. (AG)