Domingo, 20 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 18 de maio de 2022
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta quarta-feira (18) que não houve movimento nas negociações de paz com a Ucrânia, e que Kiev estava mostrando uma total relutância em continuar com as conversas.
“As negociações não estão progredindo e notamos a total relutância dos negociadores ucranianos em continuar este processo”, disse Peskov.
Na terça-feira, a agência Interfax citou o vice-ministro russo das Relações Exteriores Andrey Rudenko dizendo que a Rússia e a Ucrânia não estavam mantendo conversações “sob nenhuma forma”, e que Kiev tinha “praticamente se retirado do processo de negociação”.
Soldados russos mortos
O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia informou nesta quarta-feira que 28.300 soldados russos foram mortos no país desde o início da guerra, 400 deles apenas nas últimas 24 horas, mas não está claro como Kiev chegou a esse número. A Rússia não confirma a informação. No balanço mais recente do Ministério da Defesa russo, constam apenas informações do armamento militar ucraniano destruído pelas tropas russas.
As autoridades ucranianas também divulgaram uma lista do aparato que o Exército liderado por Vladimir Putin perdeu desde 24 de fevereiro:
– 1.251 tanques;
– 3.043 veículos blindados;
– 586 sistemas de artilharia;
– 199 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo;
– 91 sistemas de defesa aérea;
– 202 aviões de guerra;
– 167 helicópteros;
– 2.137 caminhões e caminhões-tanque;
– 13 navios de guerra e barcos;
– 102 mísseis de cruzeiro;
– 441 drones;
– 43 peças de equipamento especial.
Batalha em Mariupol
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que 959 militares ucranianos que estavam na siderúrgica Azovstal, na cidade portuária de Mariupol, se renderam desde segunda-feira. O local era o último reduto de resistência ucraniana na região. A Rússia informou que há 80 feridos no grupo. Ao todo, 51 precisavam de tratamento hospitalar e foram levados para Novoazovsk, em Donetsk, região controlada pela Rússia.
O Batalhão Azov, responsável por comandar a resistência na siderúrgica, é uma milícia armada formada em maio de 2014, nos primeiros movimentos da guerra civil iniciada no Leste da Ucrânia naquele mesmo ano. Um mês depois, em junho, participou da ofensiva para retomar Mariupol das forças separatistas, e foi incorporada à Guarda Nacional ucraniana em novembro daquele ano. As informações são da agência de notícias Reuters e do jornal O Globo.