Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de abril de 2022
A ministra do Exterior alemã, Annalena Baerbock, condenou o anúncio da Rússia.
Foto: ReproduçãoA Rússia afirma ser “resposta simétrica” à expulsão de diplomatas russos pela Alemanha. Ministro das Relações Exteriores russo diz haver risco de conflito na Ucrânia transformar-se em Terceira Guerra Mundial. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou nesta segunda-feira (25) ter declarado 40 funcionários de órgãos diplomáticos alemães na Rússia “persona non grata”, o que equivale ao status de expulsão.
O ministério russo informou, em comunicado, ter convocado o embaixador da Alemanha em Moscou e entregado a ele uma carta sobre a decisão. A pasta afirmou se tratar de “uma resposta simétrica” à decisão do governo alemão de expulsar 40 diplomatas russos da Alemanha em 4 de abril, um dia após as imagens de civis mortos pelas ruas da cidade ucraniana de Bucha chocarem o mundo.
A carta de protesto de Moscou dizia que as declarações feitas na ocasião pela ministra do Exterior alemã, Annalena Baerbock, também eram inaceitáveis. Baerbock havia mencionado “um número significativo de membros da embaixada russa, indesejáveis que trabalharam todos os dias aqui na Alemanha contra nossa liberdade, contra a coesão de nossa sociedade”.
O Ministério das Relações Exteriores russo disse ainda que se opôs a “insinuações” que Baerbock tinha feito sobre os acontecimentos que se desenrolaram na Ucrânia. Uma análise da agência de notícias alemã disse que o número de 40 diplomatas correspondia a cerca de um terço do corpo diplomático alemão na Rússia.
A agência de notícias RIA informou que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que as ações hostis contra os russos não ficariam sem resposta. A agência citou o ministério dizendo que Moscou poderia confiscar bens alemães na Rússia como resposta.
Expulsões “não se justificam”
Baerbock condenou o anúncio da Rússia de que expulsará 40 funcionários diplomatas alemães. Ela disse que os funcionários russos expulsos da Alemanha eram espiões, e não diplomatas.
“Esperávamos o passo de hoje, mas ele não é de forma alguma justificado”, disse a Baerbock em uma declaração. Ela afirmou que os 40 diplomatas russos expulsos por Berlim “não serviram a diplomacia por um único dia”, enquanto que aqueles expulsos pela Rússia “não tinham feito nada de errado”.