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Geral Rússia pode levar mundo a cenário muito mais perigoso do que a crise dos mísseis nos anos 1960 se bombardear a Ucrânia com armas nucleares

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Imagem mostra uma escola em Chernihiv, na Ucrânia, que foi atingida durante um ataque aéreo. (Foto: Ashley Gilbertson /UNICEF)

A capital da Ucrânia, Kiev, sofreu o maior ataque aéreo de Rússia na segunda-feira (10) desde o início da guerra. A investida de Moscou foi uma resposta à explosão de um caminhão-bomba na parte que liga o território russo à península da Crimeia, indicando uma nova fase de escalada do conflito, que já dura sete meses e meio.

“No momento em que a Rússia é atacada, Putin se sente forçado a dar uma resposta vigorosa”, resume Daniel Sousa, professor de economia do Ibmec e criador do podcast Petit Journal.

Em entrevista a Renata Lo Prete, o comentarista da GloboNews traça a linha do tempo das últimas semanas do conflito, e reforça que o possível uso de armas nucleares pela Rússia pode levar a um cenário mundial muito mais perigoso que a crise dos mísseis nos anos 1960.

“Joe Biden, na semana passada, fez referência a isso, que a Rússia poderia eventualmente utilizar armas nucleares e isso seria o cruzamento de uma linha vermelha que poderia levar o mundo para um cenário absolutamente desconhecido”, explica.

Apoio militar

A série de bombardeios russos às cidades ucranianas desde segunda-feira puseram o debate sobre um apoio militar mais amplo do Ocidente à Ucrânia de volta na mesa. Nesta terça-feira, em reunião com o G7, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ajuda para a criação de um “escudo antiaéreo” na Ucrânia, com o envio de mais armas para se proteger dos mísseis russos. No entanto, os fatos contrariam as expectativas: nenhum mecanismo de defesa aérea é capaz de proteger totalmente um território desse tipo de ataque.

De acordo com Kiev, os militares russos dispararam só na segunda-feira 84 mísseis, 43 deles de cruzeiro. Do total, 56 projéteis foram interceptados pela defesa aérea ucraniana. Nesta terça, foram lançados 29 mísseis, ainda segundo a Ucrânia, que não disse quantos conseguiu interceptar. Os números mostram tanto a capacidade quanto a vulnerabilidade do país.

O primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmygal, disse que, além de Kiev, 11 grandes estruturas foram danificadas em oito regiões diferentes.

O Exército da Ucrânia acredita que os russos usaram mísseis de médio alcance Iskander e Tochka-U e mísseis de cruzeiro Kalib. Os militares também acusaram a Rússia de realizar ataques a partir da Bielorrússia com bombas iranianas lançadas por drones. Mas foram principalmente os mísseis que atingiram Kiev e outras cidades distantes das frentes de guerra.

Contra tamanho arsenal, os ucranianos têm baterias antiaéreas S-300 e outros modelos antimísseis, mas alguns sem munição, e sistemas de defesa aérea portáteis (Manpads) para drones, que disparam mísseis terra-ar de várias fontes. Ainda assim, as defesas não foram suficientes para conter o estrago.

“Os apelos por defesas aéreas ocidentais em torno dos centros populacionais ucranianos ficarão mais fortes a partir de hoje”, escreveu Tyler Rogoway, editor-chefe do site The War Zone, em sua conta no Twitter na segunda-feira. “Mas os mísseis de cruzeiro são um desafio mesmo para os modernos sistemas de defesa aérea”, completou, afirmando que não há como transformar os espaços aéreos em “escudos impenetráveis”. As informações são do portal de notícias G1 e da agência de notícias AFP.

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