Sábado, 22 de novembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Rússia retém passaportes de funcionários do governo temendo deserção

Compartilhe esta notícia:

Imagem mostra a Praça Vermelha, em Moscou. A prática de reter passaporte de pessoas era comum durante o período da União Soviética. (Foto: Reprodução)

As forças de segurança da Rússia estão retendo o passaporte de funcionários do governo e de empresas essenciais para a economia do país com medo de deserção de pessoas com informações sensíveis sobre o Estado russo, segundo o jornal Financial Times.

Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a Rússia está retendo o passaporte apenas de quem trabalha em áreas “sensíveis” e disse que as decisões são feitas caso a caso, mas confirmou que esse movimento se intensificou após o início da guerra da Ucrânia, segundo o Financial Times.

Há também o receio de que as elites russas estão insatisfeitas com os rumos da guerra, que impediu as classes mais altas do país de viajar para países do exterior e acessar fortunas e propriedades em outros países.

A prática de reter passaporte de pessoas que podem saber de segredos de Estado era comum durante o período da União Soviética, mas foi interrompido após a criação da Federação Russa.

A prática retornou apenas em 2014, quando a Rússia invadiu a região ucraniana da Crimeia, com os serviços secretos locais impedindo viagens para Estados Unidos e Reino Unido. Após o início da guerra, a prática começou a ser mais usada e aplicada em outras áreas, não só para funcionários do governo.

Há relatos de que funcionários de uma indústria estatal estão proibidos de fazer viagens de mais de duas horas de distância de Moscou, segundo o Financial Times.

Crianças deportadas

Em outra frente, a Rússia está disposta a devolver à Ucrânia as crianças deportadas para o seu território, se as famílias solicitarem, garantiu, nesta terça-feira (4), a comissária russa para os direitos da infância, Maria Lvova-Belova, objeto de um mandado de prisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ).

As autoridades ucranianas acusam a Rússia de ter “sequestrado” mais de 16.000 crianças na Ucrânia desde o início da ofensiva, há mais de um ano. Moscou afirma que “salvou” essas crianças dos combates e que há procedimentos para reuni-las com suas famílias.

Em uma coletiva de imprensa nesta terça, Lvova-Belova afirmou que não foi contatada por “nenhum representante das autoridades ucranianas” sobre as crianças deportadas desde o início do conflito e convidou os pais a escreverem para ela.

“Escrevam-me […] para encontrar seus filhos”, disse.

Segundo uma informação de seu despacho publicado nesta terça, 16 menores de nove famílias foram devolvidos a seus familiares ucranianos desde 29 de março. Porém, a comissária reiterou sua negativa em publicar uma lista completa das crianças ucranianas deportadas para a Rússia.

Segundo o relatório, 380 órfãos ucranianos estão em famílias de acolhimento na Rússia, incluindo 22 menores encontrados em Mariupol, a cidade do sul da Ucrânia devastada no ano passado após um cerco violento.

As crianças adotadas receberam nacionalidade russa, mas mantiveram a ucraniana.

Em março, a CIJ emitiu um mandado de prisão inédito contra o presidente russo Vladimir Putin e contra Lvova-Belova, acusando-os de “crime de guerra por deportação ilegal” de menores ucranianos. As informações são do jornal Valor Econômico e da agência de notícias AFP.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Vítima de violência sexual em local de trabalho terá plano de saúde mantido
Bancos querem que o trio de acionistas das Lojas Americanas coloque 15 bilhões de reais no caixa da empresa
https://www.osul.com.br/russia-retem-passaportes-de-funcionarios-do-governo-temendo-desercao/ Rússia retém passaportes de funcionários do governo temendo deserção 2023-04-04
Deixe seu comentário
Pode te interessar