Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 17 de abril de 2023
As forças russas ar usando “minas-borboleta” para ferir e matar ucranianos, denunciou a organização antibélica Halo Trust, que é especialista em desminagem que já foi apoiada até pela princesa Diana.
Os explosivos, proibidos pela lei internacional, parecem brinquedos, mas podem ser mortais se ativados. Geralmente, eles são despejados em massa de foguetes, morteiros ou aeronaves e deslizam para o chão sem explodir. Eles então explodem com apenas 5kg de pressão.
Fotos divulgadas pelo Halo Trust mostram várias das minas espalhadas pela cidade de Hrakove, perto de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.
As bombas, oficialmente chamadas de minas PFM-1, podem ser vistas escondidas na grama, espalhadas em bancos de parques e na beira da estrada.
Por causa de seu formato de plástico e tamanho pequeno, teme-se que as crianças peguem as minas pensando que são brinquedos.
Membros do Halo Trust agora estão trabalhando incansavelmente para limpar a área, um processo que provavelmente levará anos para ser concluído.
As autoridades ucranianas dizem que várias pessoas, incluindo cinco crianças, já perderam membros devido aos explosivos, também conhecidos como minas de pétalas devido ao seu formato.
Entende-se que as forças russas lançaram as minas na área no ano passado para cobrir sua retirada.
“Soldados e civis ainda estão sendo feridos por essas minas. Os russos às vezes as cobrem enquanto se retiram, então nem as vemos. Quando você vê uma, sabe que há cerca de outras 700 delas ao seu redor”, afirmou Banderivka (nome fictício), uma desminadora radicada em Lviv (Ucrânia), segundo o “Sun”.
Alvoroço
Em outra frente, o chefe da organização paramilitar privada russa Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, causou alvoroço ao defender o fim da guerra na Ucrânia. O líder do grupo mercenário afirmou que seria “ideal” a Rússia declarar neste momento que os objetivos da operação militar foram cumpridos. Essa é a primeira proposta pública do tipo feita por alguém próximo do presidente russo, Vladimir Putin.
“Para as autoridades [russas] e a sociedade em geral, é necessário pôr um ponto final na operação militar especial”, escreveu Prigozhin num artigo publicado no Telegram na sexta-feira (14), em referência ao modo que Moscou chama a guerra na Ucrânia. O ideal, segundo ressaltou, seria “anunciar que a Rússia alcançou os resultados que buscava e, de certa forma, nós conseguimos”.
“Em teoria, a Rússia já pôs um ponto final aniquilando grande parte da população masculina ativa da Ucrânia e intimidando outra parte, que fugiu para a Europa”, alegou o chefe do Wagner. As informações são do jornal Extra e da emissora internacional de notícias da Alemanha Deutsche Welle.