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Agro Safra de grãos bate recorde no Brasil; Rio Grande do Sul registra recuo

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Apesar da queda na safra, RS mantém a sua posição entre os principais produtores do País

Foto: Gustavo Porfino/Embrapa
Apesar da queda na safra, RS mantém a sua posição entre os principais produtores do País. (Foto: Gustavo Porfino/Embrapa)

O Brasil deve colher 336,1 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/2025, estabelecendo um novo recorde. Conforme levantamento divulgado nessa quinta-feira (12) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume supera em 13% (38,6 milhões de toneladas) o do ciclo anterior. Já no Rio Grande do Sul, a previsão é de um recuo de 9%.

A ampliação de 2,3% (equivalente a 1,9 milhão de hectares) na área plantada também contribuiu para esse resultado  histórico, impulsionado pela alta produtividade sobretudo na soja, milho e arroz.

No Rio Grande do Sul, a realidade é distinta: embora o Estado mantenha a sua posição entre os principais produtores do País, a produção total está estimada em 33,52 milhões de toneladas, o que significa uma queda de 9% em relação à safra passada. A área plantada, por outro lado, teve avanço de 0,3%, somando 10,44 milhões de hectares. O Estado segue como o quarto maior produtor nacional de grãos, atrás de Mato Grosso, Paraná e Goiás.

Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, a principal causa da retração na produção gaúcha foi a estiagem, que impactou diretamente a soja, cultura de maior peso na economia agrícola do Estado. “Esse foi o principal fator que contribuiu para a redução da safra gaúcha. Apesar disso, arroz e milho apresentaram bom desempenho. No trigo, ainda em fase inicial de semeadura, a projeção da produtividade é positiva”, afirmou.

A produção de soja está estimada em 14,28 milhões de toneladas, uma queda significativa de 27,3% frente à safra anterior, devido à baixa produtividade causada pela estiagem. A área cultivada aumentou 1,3%, totalizando 6,85 milhões de hectares. A colheita já foi praticamente concluída, mas com resultados muito irregulares: a produtividade variou entre menos de 500 kg/ha e até 3.600 kg/ha. A qualidade dos grãos também foi afetada.

Apesar das dificuldades na soja, outras culturas apresentam desempenho positivo. O arroz deve atingir 8,3 milhões de toneladas, alta de 15,9% em relação à safra anterior. A área plantada subiu 5,7%, alcançando 951,9 mil hectares. A colheita está concluída, com bom desenvolvimento das lavouras, favorecido por boas condições de luminosidade e oferta de água, mesmo com atrasos pontuais na semeadura em algumas regiões e a grande amplitude térmica entre janeiro e março, que comprometeu a qualidade de algumas lavouras.

O milho da primeira safra também mostra recuperação. A produção estimada é de 5,51 milhões de toneladas, um crescimento de 13,5%. A área cultivada, porém, encolheu 11,8%, ficando em 718,7 mil hectares. A colheita já ultrapassou os 96% da área e o RS segue como maior produtor do cereal na primeira safra.

A semeadura de trigo na safra de 2025 já iniciou no RS. A estimativa é produzir 4,06 milhões de toneladas, alta de 3,7% em comparação ao ciclo anterior. A área plantada deve cair 4,4%, totalizando 1,28 milhão de hectares. A retração se deve à rentabilidade da cultura, riscos climáticos e oferta de sementes. Apesar disso, as projeções indicam boa produtividade, com base em modelos estatísticos preliminares.

Já o feijão (preto e cores) registra diminuição em relação ao ciclo anterior. A produção deve alcançar 67,6 mil toneladas, queda de 5,7%, enquanto a área plantada caiu 17,3%, somando 40,1 mil hectares. Estiagem, calor excessivo e chuvas no fim do ciclo prejudicaram especialmente a segunda safra da cultura.

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