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Mundo Saiba como a ação que matou o general iraniano pode afetar as eleições dos Estados Unidos

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Cerca de 47.095 milhões de norte-americanos já entregaram suas cédulas. (Foto: Reprodução)

O ataque militar americano em Bagdá que matou o general iraniano Qassim Suleimani estremeceu instantaneamente as primárias presidenciais do Partido Democrata nesta sexta-feira, 3, forçando questões de segurança nacional ao primeiro plano de uma corrida dominada até agora pela política interna e provocando até mesmo debates entre os democratas sobre questões de guerra e paz.

Os candidatos presidenciais do partido reagiram ao ataque com uma atitude de união, pelo menos na superfície, com declarações de preocupação a respeito da possibilidade de uma guerra total e do que consideram uma propensão da administração de Trump a tomar ações imprudentes. Enquanto vários lamentaram o papel de Suleimani em direcionar a violência contra os americanos, os democratas expressaram ansiedade em vez de júbilo sobre as circunstâncias de seu falecimento.

O ex-vice-presidente Joe Biden disse que o presidente Trump “atirou dinamite dentro de uma caixa de areia”, enquanto o senador Bernie Sanders, de Vermont, advertiu que o ataque “nos aproxima de outra guerra desastrosa no Oriente Médio”.

“Nossa prioridade deve ser evitar outra guerra custosa”, disse a senadora Elizabeth Warren, de Massachusetts. Em North Conway, New Hampshire, Pete Buttigieg descreveu o ataque como um “ato extremamente provocador” que tanto a administração de Obama como a de George W. Bush tinham optado por não tomar contra Suleimani.

“Se aprendemos algo no Oriente Médio nos últimos 20 anos, é que matar um ‘cara mau’ não é uma boa ideia, a menos que você esteja pronto para o que vem depois”, disse Buttigieg, que de maneira pouco característica vestiu um terno sobre sua camisa e gravata, aparentemente transmitindo a gravidade do momento.

Mas também houve distinções na forma como os principais democratas reagiram, apontando para um debate mais amplo dentro do partido sobre as guerras no exterior e a presença americana no Oriente Médio. Sanders, por exemplo, usou de maneira notória a palavra “assassinato” para descrever a morte do comandante iraniano — um termo com sérias implicações legais e diplomáticas — e apontou que se opôs à resolução de 2002 que autorizava a guerra no Iraque, dizendo nas entrelinhas que Biden a tinha apoiado.

A forma com que os assuntos militares devem dominar as primárias, no mês anterior à convenção partidária do Iowa, provavelmente dependerá dos acontecimentos no Oriente Médio, e do quão severo e visível se tornar qualquer confronto subsequente com o Irã. As relações externas têm desempenhado até agora um papel muito limitado na corrida eleitoral dos Democratas. Houve grandes duelos em debates sobre saúde, tributação, imigração, justiça criminal e controle de armas, mas apenas divergências de opiniões sobre o papel dos Estados Unidos no exterior e sobre a forma adequada de resolver os conflitos militares americanos no Oriente Médio e na Ásia Central.

Em 2020, a possibilidade de um novo e prolongado conflito no exterior poderia muito bem reconfigurar as eleições, mesmo para além da corrida no Partido Democrata. Trump concorreu à Presidência com o compromisso de retirar os Estados Unidos das guerras no exterior, obtendo apoio de setores não convencionais para um republicano, por causa da percepção de que ele seguiria uma política de “EUA em primeiro lugar” de relativo isolacionismo e de interesse próprio nacional.

Mas Trump já havia recebido críticas de seus rivais democratas, e até mesmo dentro de seu próprio partido, por presidir uma retirada caótica da Síria. A explosão de violência em larga escala no Irã e no Iraque poderia complicar profundamente seu objetivo de buscar um segundo mandato com a mensagem de paz e prosperidade.

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