Segunda-feira, 09 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 29 de junho de 2015
As férias de julho estão chegando e quem planejou uma viagem internacional tem um desafio pela frente: o câmbio. O sobe e desce do dólar tem deixado muita gente insegura sobre qual o melhor momento para comprar a moeda americana. Essa dúvida é comum, mesmo com planejamento. Por isso, a reportagem ouviu alguns especialistas sobre o assunto.
“Minha percepção de mercado é, no curto prazo, volatilidade com viés de alta”, afirma Fabiano Rufato, gerente de mesa de câmbio da Western Union.
Diante desse sobe e desce, chegar em uma casa de câmbio e comprar de uma vez tudo o que se pretende para uma viagem pode não ser a melhor opção.
Compre aos poucos.
Uma compra feita aos poucos possibilita uma taxa média, o que ajuda a sentir menos os efeitos da oscilação.
“Porque se ele decide comprar tudo em um determinado momento do mercado pode ser que ele tenha uma compra muito boa porque a cotação estava baixa, mas o contrário é verdadeiro. Ele pode ter comprado em um momento de alta do mercado também”, diz Rufato.
Mas existem muitas formas de adquirir a moeda estrangeira.
“Hoje o turista tem preferido levar a moeda estrangeira em espécie por uma questão de custo. Hoje o IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] da moeda estrangeira em espécie é 0,38%, no cartão pré-pago é 6,38% e no cartão de crédito, 6,38%”, afirma Rufato.
A desvantagem é o risco de viajar com muito dinheiro vivo.
“Se eventualmente tiver algum sinistro lá fora, como perda do dinheiro ou roubo, você tem o cartão que se perder pode pedir a substituição e bloquear o saldo”, explica Juvenal dos Santos, diretor comercial de uma empresa de câmbio.
Dólar comercial e turismo.
O dólar comercial, a cotação mais divulgada, é usado principalmente pelo mercado financeiro. Como é uma moeda eletrônica, o valor é diferente do dólar turismo, que se compra para usar nas viagens internacionais.
“O dólar turismo é uma moeda física. E existe uma etapa de importação dessa moeda do país de origem para o Brasil. Há custos envolvidos com transporte, segurança, seguro para que essa moeda chegue fisicamente aqui no Brasil”, explica Rufato.
Com as recentes altas do dólar, aumentou a procura por outras moedas estrangeiras em uma casa de câmbio. Isso reflete uma mudança nos destinos turísticos de quem pretende viajar para fora do País nas próximas férias.
“Nós percebemos em nossa empresa um aumento acima de mil por cento em novo sol peruano e peso colombiano. Algo também em torno de dois dígitos para peso chileno. Quando você tem uma alta em alguma moeda, como o dólar, o euro, que torna esses destinos mais caros para o brasileiro, ele procura outra alternativa, como por exemplo a própria América do Sul”, declara Santos. (AG)