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Mundo Saiba como fica o futuro de Cuba sem Fidel Castro

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Líder cubano foi um dos personagens da política internacional durante mais de seis décadas (Foto: AFP)

As reformas promovidas pelo presidente Raúl Castro, que vão da compra e venda de carros e casas à flexibilização das viagens, passando pela tolerância a pequenos negócios privados, determina que Cuba já vinha pavimentando o caminho para o seu futuro antes mesmo que a vida de Fidel Castro chegasse ao fim.

Ninguém imagina que Raúl tenha feito o que fez sem a aquiescência do irmão. Os últimos anos mostraram que Cuba sem Fidel olha para um futuro diferente. Por um simples motivo: necessidade.

Ao mesmo tempo carismática e opressora, a figura de Fidel Castro – que morreu nesta sexta-feira (25) – marcou cinco décadas da história de Cuba em especial e do mundo em geral. Raúl não tem nem metade do carisma do irmão, menos ainda tem o mesmo poder simbólico – o que é algo bastante significativo.

Ainda assim, foi ele quem protagonizou as mudanças. Sempre afinado com o líder maior da revolução, foi o atual presidente quem ditou as mudanças que preveem até mandatos políticos limitados. “A especial confiança que o povo outorga ao líder de uma Revolução não se transmite como se fosse uma herança”, admitiu o próprio Raúl em 2006, antes da internação e do afastamento de seu irmão.

A ausência de tensões sérias durante o período decorrido desde que Fidel se afastou em razão do estado de saúde precário. Isso pode ser indício de que, apesar de sua falta de brilho, Raúl teve tempo para ser aceito como o novo condutor do país. Essa é a opinião até da diplomacia americana.

E as reformas, que incluem até mesmo o fim do câmbio duplo, procuram preparar a ilha para resistir a mais esse baque, que é a perda da sua grande referência, do líder maior.

Trata-se de um baque que se segue ao empobrecimento do país sem um parque industrial forte e sobrevivendo do turismo e da boa vontade de aliados ocasionais (a União Soviética, durante a Guerra Fria, e, mais recentemente, a Venezuela de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, mas com a ressalva de que o dinheiro do petróleo venezuelano escasseia à medida que o próprio país do chavismo enfrenta sua crise interna, com desabastecimento, inflação nas alturas e petróleo com preço em queda).

Enfim, é provável que o próprio Fidel já soubesse: sem ele, novos rumos eram necessários. Impunha-se ajudar a renovar a Ilha ainda em vida, dando suporte ao irmão mais novo.

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https://www.osul.com.br/saiba-como-fica-o-futuro-de-cuba-sem-fidel-castro/ Saiba como fica o futuro de Cuba sem Fidel Castro 2016-11-26
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