Sábado, 03 de maio de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Notícias Saiba como identificar se uma criança pode estar sofrendo ou cometendo bullying, e o que pode ser feito

Compartilhe esta notícia:

Mudanças súbitas de comportamento e rendimento escolar são sinais. (Foto: Reprodução)

Mudanças súbitas de comportamento e rendimento escolar, se fechar no quarto e agressividade são sinais de que algo pode estar errado com uma criança ou um adolescente – muitas vezes, ele pode ser vítima de bullying na escola. Especialistas ouvidos pelo portal de notícias G1 listaram quatro passos que podem ajudar os pais a identificar vítimas da violência, e até mesmo os agressores.

– Ouvir os filhos e inspirar confiança

– Atentar para mudanças de comportamento

– Conhecer os perfis típicos do bullying

– Bullying não é só violência física

Na sexta-feira (20), Dia Mundial de Combate ao Bullying, um adolescente que, segundo colegas, era alvo de apelidos e provocações atirou dentro de uma sala de aula em uma escola particular de Goiânia (GO), matando dois alunos.

Veja abaixo aspectos que podem ajudar a identificar se alguém é vítima de bullying.

Ouvir os filhos com atenção e rotineiramente é a principal prática que pode ajudar os pais a identificar problemas. A jornalista e escritora Vanessa Bencz, que teve problemas de aprendizagem, sofreu bullying dos colegas e hoje conta sua trajetória em uma história quadrinhos e faz palestras sobre o assunto pelo país, sugere que os pais tenham ao menos uma refeição diária com os filhos – nas quais eles façam perguntas e, mais importante ainda, ouçam o que as crianças e adolescentes têm a dizer. “Os pais têm que ter uma melhor comunicação com os filhos – até entendo que eles julguem e critiquem, falem ‘no meu tempo era assim’. É sensibilizar o olhar, entender que é outra geração, abrir os ouvidos e realmente ouvir o que eles estão falando.”

Andrea Ramal, especialista em educação, também indica uma relação de confiança e diálogo aberto, “com sensibilidade para acolher o filho, sem minimizar a importância de seus problemas, atentos a suas aflições”.

Vanessa defende ainda que os pais monitorem o que os filhos fazem nas redes sociais – Facebook, Twitter, Instagram e conversas no Whatsapp. E isso vale tanto para identificar quem sofre bullying, quanto quem comete.

Uma relação de confiança mútua permite, também, que algumas mudanças de comportamento sejam melhor detectadas como indícios de que algo está errado. A professora e especialista em bullying Cleo Fante alerta que “o calar é o mais fatal no bullying”. “O silêncio é a pior arma. Quanto mais a vítima silencia, mais infernizam a vida.”

Além do comportamento mais fechado, Vanessa alerta que quem sofre bullying também pode ficar mais agressivo. A criança ou adolescente que sofre o bullying pode passar a reproduzir o que ouve dos colegas com outras pessoas, copiando o comportamento.

Queda repentina no rendimento escolar, ausências constantes sem justificativa convincentes, queixas de dores de cabeça e pedidos para ir para casa mais cedo são sinais que devem ligar o alerta nas escolas. De acordo com Cleo, as crianças mais tímidas, retraídas, introspectivas ou com baixa autoestima podem correr risco maior de sofrerem intimidação sistemática por parte dos colegas. Além disso, as que não se encaixam em padrões definidos como “adequados” pela sociedade também podem virar alvo com maior frequência.

Todas as escolas públicas e privadas do Brasil precisam ter um programa de combate ao bullying, segundo uma lei que entrou em vigor no início de 2016. As instituições precisam “assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying)”.

Mas a lei também explicita que tipos de atitudes configuram o bullying, e os pais podem usar a lista como guia para identificar problemas envolvendo seus filhos. Segundo a lei, o bullying também é: Verbal (insultar, xingar e apelidar pejorativamente); moral (difamar, caluniar, disseminar rumores); sexual (assediar, induzir e/ou abusar); social (ignorar, isolar e excluir); psicológico (perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar); físico (socar, chutar, bater); material (furtar, roubar, destruir pertences de outrem); e virtual (depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social).

O que pode ser feito

Especialistas explicaram que, apesar de o bullying já ser um fenômeno identificado nas escolas e estudado nas acadêmicas há 15 anos, pouco ainda se avançou no combate efetivo a esse tema. Um dos motivos é o fato de a solução passar pela mudança da cultura de convivência entre os alunos, que exige um conjunto de diversas estratégias, que podem ser resumidos em seis pontos principais:

– Reconhecer a existência do bullying

– Conhecer e cumprir a lei de combate ao bullying

– Transformar os valores dos alunos

– Engajar os professores

– Envolver os pais na vida escolar

– Não subestimar o cyberbullying

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Notícias

Multas eleitorais poderão ser pagas em até 700 anos
Saiba por que é tão importante limpar a língua diariamente
https://www.osul.com.br/saiba-como-identificar-se-uma-crianca-pode-estar-sofrendo-ou-cometendo-bullying-e-o-que-pode-ser-feito/ Saiba como identificar se uma criança pode estar sofrendo ou cometendo bullying, e o que pode ser feito 2017-10-21
Deixe seu comentário
Pode te interessar