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Política Saiba mais sobre a discreta segunda-dama do Brasil em um País faminto por holofotes

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Esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin retoma trabalho social. (Foto: Reprodução)

O senhor de terno, gestos contidos, fala baixa, ocupa a cadeira destinada a ele no programa de entrevistas. Puxa ligeiramente a calça quando se senta – como os homens costumam fazer – e eis que, em meio a tanta sobriedade, as meias saltam aos olhos. São coloridas, quadriculadas, estampadas. Poderiam ser usadas por um skatista ou por um jovem da geração Z com toda naturalidade. Mas vestem os pés do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, 70 anos. Ideia e escolha partiram de sua mulher, Lu Alckmin – paradoxalmente uma das pessoas mais discretas do governo Lula.

“Lu é uma esfinge”, define a jornalista e escritora Claudia Matarazzo, que por dois anos chefiou o Cerimonial do Palácio dos Bandeirantes e conviveu com a então primeira-dama do Estado. Maria Lúcia Ribeiro Alckmin, de 72 anos, nasceu em São Paulo, mas ainda criança foi para Pindamonhangaba, a 140 quilômetros da capital, onde se formou professora na Escola Normal. Lá conheceu Geraldo, então estudante da Faculdade de Medicina. Casaram-se em março de 1979.

Não se trata de uma esfinge, mas Lu é uma mulher reservadíssima num mundo de exposição pública constante. Não que ela não apareça. Ela está ali, ao lado do marido político, quase sempre sorridente, vestida com correta elegância, o cabelo escuro solto e com uma única exceção na maquiagem sutil, que é o batom vermelho. Os movimentos são minimalistas, um aperto de mão, um abraço em alguém mais próximo.

São raríssimos os que convivem com a privacidade dos Alckmins. Já era assim em São Paulo, no Bandeirantes, sede do governo de São Paulo e residência oficial onde eles moraram durante os mandatos de governador (2001 a 2006 e de 2011 a 2018). Continuam assim em Brasília, morando no Palácio do Jaburu.

“Ela está sempre muito à vontade. É aberta, acessível”, diz o ex-deputado Silvio Torres, amigo de Alckmin que saiu do PSDB junto com o então pré-candidato a vice na chapa de Lula. “Ela chegou e logo foi cumprimentando e falando do seu trabalho com o voluntariado”, contou Ngunzetala, um dos coordenadores da organização religiosa Associação Vida Inteira. “Ficamos impressionados com a singeleza dela. Ela é cristã e nós sabíamos disso. Mas ficou completamente à vontade aqui”, disse ele, referindo-se ao território Tumbo inzo a’na Nzambi Junsara, tradicional afro, comumente chamado de terreiro. Segundo os presentes, ela contou que, quando chegou a Brasília, sentiu muita falta do trabalho social que fazia em São Paulo e, por isso, decidiu implantar na capital federal o projeto das padarias. “A gente vê que não é proselitismo. É trabalho sério”, acrescentou.

O projeto surgiu em 2000, com o objetivo de gerar emprego e renda. “Lu é muito natural em qualquer situação”, diz Silvio Torres. Mais do que o marido, que perde para a mulher fora das atividades oficiais. Em fotos da família em uma trilha na Serra da Mantiqueira, por exemplo, lá está o vice-presidente de camisa social e calça, quando toda a família Alckmin usa roupa esportiva, inclusive Lu.

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