Geral Saiba mais sobre a modelo que morreu buscando um corpo perfeito
Por Redação O Sul | 14 de janeiro de 2016
Dona de uma beleza exuberante, a modelo Raquel dos Santos, 28 anos, não estava satisfeita. Depois de fazer mais um de vários procedimentos estéticos, teve uma parada cardíaca e não sobreviveu. As circunstâncias da morte ainda não estão claras, e o enterro da jovem teve até de ser suspenso pela polícia para que o corpo fosse levado ao IML (Instituto Médico Legal) para investigação.
Raquel era uma das finalistas do concurso Musa do Brasil. Ela morreu no fim da tarde de segunda-feira, após se submeter a um procedimento estético de preenchimento no rosto. A jovem, que é de Niterói, no Rio, representava o Mato Grosso no concurso. Ela era casada e tinha dois filhos, Caíque, de 13 anos, e Liam, de 7.
Segundo o marido da modelo, o empresário Gilberto Azevedo, esse não foi o primeiro procedimento estético feito por Raquel: “Ela estava doente com essa busca pela beleza. Já tinha colocado silicone, em 2014; feito nariz, queixo e bochechas em 2015; e na semana passada tinha feito um enxerto no bumbum. Além disso, ela tomava muitos remédios e fumava muito. Ela tomava remédio antes de malhar, para dormir… Acho que isso mais a negligência do médico causaram a morte dela”.
Mesmo com a declaração, ele afirmou que não pretende processar o médico responsável pelo procedimento, Wagner Moraes.
Causas da morte.
As circunstâncias da morte de Raquel ainda não são claras. Conforme versão de Azevedo, ela realizou a cirurgia no rosto na clínica estética de Moraes em Niterói (RJ). Ela passou mal após o procedimento e foi levada para o hospital, onde não resistiu a parada cardíaca. “Ela estava na clínica do doutor Wagner Moraes quando começou a sentir o coração acelerado e muita falta de ar. As enfermeiras disseram que os níveis dela estavam normais, mas ela estava roxa”, afirmou ele, dizendo que levou Raquel para um hospital de Niterói 40 minutos depois: “Quando chegamos lá, ela teve uma parada cardíaca. Acredito que se ela estivesse em algum lugar adequado para fazer o procedimento estético, como um hospital, ela ainda estaria viva”.
Moraes se defendeu: “O que ela fez comigo foi um preenchimento de ‘bigode chinês’, uma coisa muito pequena, de dia a dia. Aplicamos 1ml de metacrilato em cada lado da boca, uma quantidade permitida. Não houve complicação em relação ao procedimento, não teve nada a ver. Graças a Deus”, afirmou o médico.
Segundo Moraes, o problema com Raquel provavelmente ocorreu porque a modelo aplicava medicamentos por conta própria. No dia em que passou mal, ela teria feito uso de um aerosol contra asma. “O marido contou que ela havia aplicado um aerosol para asma antes. Além disso, há cerca de três meses, ela usava um esteroide de uso animal [Potenay, medicamento para cavalos] que injetava sozinha na coxa, diariamente. Ela não me relatou nada disso, eu só soube depois. O procedimento feito foi mínimo. Mas é aquilo, né? Essas coisas que o pessoal usa em academia não se chama bomba por acaso. Uma hora explode”, disse.
Autópsia.
O sepultamento do corpo não ocorreu baseado na decisão da Polícia Civil de investigar a causa da morte, sob alegação de dúvida no atestado de óbito e laudo. No velório, Azevedo se mostrou indignado. “A mãe dela [Raquel] foi atrás da delegada. Ela não quer a exumação do corpo de jeito nenhum. Já pensou abrir o corpo da filha? Essa situação de não ter o laudo é horrível.” O laudo deve sair de 15 a 30 dias.
Deixe seu comentário
Últimas
