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| Saiba mais sobre a “morte” do robô-experimento que dependia da generosidade dos humanos

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HitchBOT foi construído com painéis solares para recarregar suas baterias. (Crédito: Reprodução)

O hitchBOT, um experimento social em forma de robô que percorreu três países de carona até ser destruído na Filadélfia, nos Estados Unidos, tem chances de renascer, de acordo com seus criadores, dois pesquisadores canadenses. O modesto robô criado em 2014 com restos de eletrodomésticos por David Harris Smith e Frauke Zeller, foi “assassinado” enquanto esperava por um bom samaritano para continuar sua viagem.

Imagens gravadas por uma câmera de segurança mostram um indivíduo vestido com uma camisa do time de futebol americano Philadelphia Eagles golpear repetidamente o hitchBOT, inclusive levando algumas de suas partes. “Minha viagem chegou a um fim por agora, mas meu carinho pelas pessoas nunca irá se esgotar. Meu corpo foi danificado, mas sigo vivendo com todos os meus amigos. Às vezes, coisas ruins acontecem com robôs do bem”, anunciou o hitchBOT.
Apesar da destruição, os criadores do projeto se mostraram otimistas sobre o futuro do robô. Zeller declarou que “no início foi difícil acreditar” que o simpático robô havia sido destruído, mas não fechou as portas para o renascimento. “Agora temos que sentar e analisar o que podemos fazer”, disse, lembrando que o hitchBOT tinha um simples objetivo: “explorar o mundo e encontrar novos amigos no caminho”.

Quando a invenção iniciou sua trajetória, com a primeira viagem em julho de 2014, Smith explicou que o robô era um experimento para explorar a interação entre indivíduos e equipamentos tecnológicos cada vez mais sofisticados e com “personalidade”.

HitchBOT era do tamanho de uma criança de 6 anos e contava com um corpo feito com um cubo, painéis solares para recarregar suas baterias e extremidades feitas com cilindros de espuma, parecidos com os “macarrões” de flutuação para piscinas.

Robô postava fotos no Twitter e no Instagram.

A cabeça do robô tinha uma simples tela para mostrar um par de olhos e uma boca. Apesar disso, hitchBOT foi programado para entender o que as pessoas falavam e manter uma conversa básica. Com uma conexão 3G, o experimento tinha acesso à Wikipedia e fazia uso de sua câmera para postar, quando apropriado, fotos de suas viagens no Twitter e no Instagram.

Além disso, HitchBOT estava preso a uma cadeira de viagem infantil para facilitar que os motoristas das caronas o ajustassem com o cinto de segurança.

Recolhendo histórias contadas pelos motoristas e postando na internet as fotos que tirava periodicamente, hitchBOT percorreu em três semanas os seis mil quilômetros que separam a cidade canadense de Halifax, no litoral do Oceano Atlântico, de Victoria, no litoral do Oceano Pacífico.

O procedimento também era simples: o robô era colocado à beira da estrada com seu braço estendido para pedir carona, até que alguém o recolhia para percorrer um trecho.

Quando o motorista chegava a seu destino, deixava hitchBOT na calçada até que outro motorista o recolhia para uma nova carona. Smith e Zeller acompanhavam o percurso do robô graças ao GPS que ele carregava e recebiam as fotos e informações que o robô reunia em suas aventuras.

Com o sucesso da viagem pelo Canadá, os criadores levaram hitchBOT à Alemanha em fevereiro deste ano, onde durante dez dias percorreu o país visitando lugares como o Portão de Brandemburgo e a catedral de Colônia. Depois, dos dias 7 a 24 de junho, hitchBOT atravessou a Holanda.

A última viagem do projeto começou no dia 17 de julho na cidade americana de Salem, em Massachusetts. O objetivo era atravessar os Estados Unidos e chegar a São Francisco.

“Normalmente ficamos preocupados se podemos confiar nos robôs. O que este projeto questiona é se os robôs podem confiar nos seres humanos”, ponderou Zeller.

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https://www.osul.com.br/saiba-mais-sobre-a-morte-do-robo-experimento-que-dependia-da-generosidade-dos-humanos/ Saiba mais sobre a “morte” do robô-experimento que dependia da generosidade dos humanos 2015-08-16
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