Sábado, 15 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de janeiro de 2020
Nesta semana, o cantor canadense Justin Bieber, 25 anos, foi usou as redes sociais para revelar que sofre com a mononucleose, além de ter sido diagnosticado com a doença de Lyme, infecção transmitida por carrapatos, problemas que, segundo ele, afetaram a sua pele e também a sua energia. “Chegaram a dizer que eu estava acabado e até usando anfetaminas”, lamentou. Mas o que é a mononucleose?
Trata-se de uma doença mais comum do que se imagina, causada pelo vírus Epstein-Barr (herpes-vírus humano tipo 4), chegando a afetar cerca de 50% das crianças antes de 5 anos, geralmente de forma assintomática. Uma vez contraído, o vírus fica para sempre no organismo da pessoa. A transmissão costuma se dar pelo contato íntimo de salivas, por isso também é conhecida por “doença do beijo”.
Mesmo que o usual seja não causar problemas, em alguns casos a mononucleose pode causar fadiga extrema, febre, inflamação na garganta e inchaço nos linfonodos. Em casos mais raros, pode resultar em complicações respiratórias, hepáticas e neurológicas (como encefalite).
O diagnóstico é feito a partir de exames de sangue. Não há um tratamento específico, mas há indicação de repouso até que o quadro fique controlado. Já os sintomas podem ser controlados comantitérmicos e anti-inflamatórios.
Um indivíduo é infectado quando o vírus entra em contato com nossa orofaringe e, depois, atinge os linfócitos B (também conhecidos por glóbulos brancos), responsáveis pela produção de anticorpos. Como outros vírus da família dos herpes, uma vez que o indivíduo é infectado o vírus permanece em suas amídalas, podendo ser assintomático ou sintomático ao longo da vida. Uma pessoa que não apresenta os sintomas ainda assim pode ser um transmissor da doença.
Como já mencionado anteriormente, a mononucleose pode ser transmitida através do beijo, mas o vírus também pode ser transmitido pelo contato com tosses e espirros de pessoas contaminadas. Em raros casos, a mononucleose pode ser transmitida por transfusão de sangue de uma gestante para seu bebê, caso a mãe seja infectada pelo vírus durante a gravidez.
Sintomas
– Garganta inflamada;
– Náuseas;
– Amídalas inflamadas/vermelhas;
– Febre alta;
– Fadiga;
– Inchaço no pescoço e nas axilas;
– Dores de cabeça e musculares;
– Em casos mais graves, a mononucleose pode provocar um aumento do fígado e baço.
Caso o indivíduo apresente alguns desses sintomas, deve consultar um infectologista. Os exames capazes de identificar a mononucleose são o hemograma (exame de sangue) e testes específicos que servem para identificar os anticorpos no corpo.
Embora não exista um tratamento específico e nem cura para a mononucleose, normalmente é recomendado pelo especialista um tratamento que servirá para controlar os sintomas que a doença apresenta, como inchaço das amídalas e dor de garganta.
Recomenda-se que o indivíduo se mantenha em repouso caso os sintomas apareçam, consuma uma quantidade significativa de líquidos para limpar o organismo. Além disso, pode ser indicado pelo especialista o uso de analgésicos e anti-inflamatórios.
Lyme
Já no caso da doença de Lyme, causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, os sintomas são: mancha vermelha na pele no local da mordida (que aumenta e muitas vezes é rodeada por anéis avermelhados), febre, dores musculares, articulações inchadas e, em uma pequena parcela dos casos, problemas no cérebro e nos nervos.
Há também chances, apesar de pequenas, do desenvolvimento de problemas cardíacos. Para casos em que a doença não é diagnosticada, cerca de 60% dos pacientes desenvolvem artrite nos meses ou anos após a infecção.
Assim, quanto mais cedo o tratamento tiver início, melhor. O problema é que o diagnóstico nem sempre é fácil, por necessitar de observação dos sintomas junto a exames de sangue, que, no caso da doença, tem uma difícil interpretação.
Em alguns casos, quando a doença não é tratada e está avançada, mesmo o tratamento com antibióticos e a eliminação das bactérias não é suficiente para extinguir as dores derivadas da artrite (inflamação) persistente. Além dos antibióticos, também podem ser usados anti-inflamatórios para lidar com os sintomas.