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Por Redação O Sul | 15 de maio de 2021
O nome em árabe vem da sigla para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina, ou levante, contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Em seu estatuto, o Hamas se comprometeu com a destruição de Israel.
O grupo tinha o duplo propósito de implementar uma luta armada contra Israel, liderada por seu braço militar, as Brigadas Izzedine al-Qassam, e de oferecer programas de bem-estar social aos palestinos.
Mas desde 2005, quando Israel retirou tropas e colonos de Gaza, o Hamas também se envolveu no processo político palestino. Venceu as eleições legislativas em 2006, pouco antes de reforçar seu poder no ano seguinte, derrubando o movimento rival Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
Desde então, militantes em Gaza travaram três guerras com Israel, que junto com o Egito manteve um bloqueio na região para isolar o Hamas e pressioná-lo a interromper os ataques. Em 2021, o Hamas e Israel voltaram a lançar mísseis depois que um grupo de palestinos foi impedido de entrar no complexo da mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém, um dos locais mais reverenciados pelo islamismo, no dia mais sagrado para o Islã.
O complexo também é o local sagrado do judaísmo, conhecido como Monte do Templo, e é um foco frequente de confrontos entre israelenses e palestinos. Os últimos reivindicam Jerusalém Oriental como a futura capital de um Estado independente.
O Hamas é classificado como um grupo terrorista por Israel, EUA, União Europeia e Reino Unido, entre outras potências globais.
Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo Israel, como terra islâmica e excluiu qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca o povo judeu.
Em 2017, o grupo produziu um novo documento que suavizou algumas de suas posições, usando uma linguagem mais moderada. Não houve reconhecimento de Israel, mas ele aceitou formalmente a criação de um Estado palestino provisório.