Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2018
A passagem de pedestres que caiu em Miami na quinta-feira, deixando vários feridos e ao menos seis mortos, ainda não estava aberta ao público, mas a passagem de veículos sob ela era permitida. É por isso que, quando estrutura caiu, ao menos oito carros ficaram sob os escombros.
A passarela foi projetada para que os alunos da Universidade Internacional da Flórida pudessem atravessar com segurança a rodovia de seis pistas que fica entre o campus e uma área residencial.
Com cerca de 864 toneladas e 53 metros de comprimento, ela considerada uma “ponte instantânea”, nome corresponde à velocidade com que foi colocada em sua posição final no último sábado pelas empresas americanas MCM e Figg Bridge Group: em apenas seis horas.
Para isso, foi utilizada a técnica de Construção de Ponte Acelerada (ABC, na sigla em inglês), que consiste em construir a ponte de um lado da estrada e depois instalá-la.
“Geralmente, a construção de uma ponte pode levar meses, mesmo anos. Essa técnica permite construir a ponte em um local diferente, mas perto de onde será instalada. Depois, com guindastes, ela é colocada no local definitivo”, explicou à rede BBC Reid Castrodale, consultor de engenharia da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, que há alguns anos participou de seminários na universidade para falar sobre a técnica ABC.
Esse método de construção reduz os potenciais riscos para os trabalhadores, motoristas e pedestres e minimiza as interrupções do trânsito, segundo informa a universidade em seu site.
“Com um investimento de US$ 14,2 milhões (cerca de R$ 46 milhões), a ponte também é a primeira do mundo a ser completamente construída de concreto autolimpante, o que reduz os custos de sua manutenção”, acrescentou a instituição.