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Por Redação O Sul | 30 de agosto de 2022
O próximo presidente da República terá como desafio mitigar os danos causados pela pandemia da covid-19 na educação, entre eles combater a evasão escolar e desenvolver programas de recuperação de aprendizagem. Ainda enfrentará reflexos de uma crise na gestão da área dentro da própria estrutura federal:
– no Ministério da Educação (MEC), após quatro demissões de titulares da pasta;
– no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), palco das denúncias que derrubaram o ex-ministro Milton Ribeiro;
– e no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que recebeu denúncias de assédio moral e de tentativas de interferência ideológica no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Confira a seguir alguns detalhes de cada proposta. A ordem é a mesma em que os candidatos aparecem na última pesquisa de intenção de votos.
Lula (PT)
No programa de governo, o ex-presidente Lula (PT) diz que seu objetivo é “resgatar e fortalecer os princípios do projeto democrático de educação, que foi desmontado e aviltado”. Para isso, pretende fortalecer a educação pública, laica e inclusiva.
O texto menciona os seguintes projetos:
– assegurar a política de cotas sociais e raciais, tanto nas universidades federais quanto nos concursos públicos;
– garantir o direito à educação das pessoas com deficiência, investindo em tecnologias assistivas;
– universalizar o acesso à internet de qualidade, principalmente de escolas públicas;
– promover políticas de inclusão e permanência na educação de pessoas LGBTQIA+;
– assegurar o direito de crianças brincarem;
– combater todas as formas de discriminação.
Jair Bolsonaro (PL)
O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, coloca como objetivo de seu programa de governo melhorar a posição do Brasil em rankings de educação, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).
Ele propõe:
– aprofundar, em sala de aula, temas como inteligência artificial, programação, internet das coisas e segurança cibernética, para formar profissionais para o mercado de trabalho;
– qualificar professores para que lecionem as disciplinas “sem conotações ideológicas que apenas distorcem a percepção de mundo”;
– ampliar o combate à violência institucional contra crianças e adolescentes, tendo os pais como agentes principais da educação (não o Estado);
– direcionar o dinheiro público para o financiamento de pesquisas que atendam às necessidades de desenvolvimento do país (como em saúde e tecnologia);
– construir novas creches;
– manter a Política Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Ciro Gomes (PDT)
No programa de governo, Ciro Gomes estipula como meta implementar o “mais revolucionário programa de educação pública da história brasileira”, capaz de colocar o país entre os 10 melhores do mundo neste segmento em até 15 anos.
Para isso, ele pretende:
– montar um corpo técnico capaz de pensar em formas de financiamento e de uso de novas tecnologias;
– implementar gradualmente o ensino integral;
– disseminar o ensino médio profissionalizante, com estágios remunerados;
– aprimorar o modelo pedagógico usado atualmente nas escolas, para que esteja mais ligado à realidade dos alunos;
– adotar um programa de formação e capacitação de professores;
– criar incentivos financeiros para que boas iniciativas na educação sejam premiadas.
Simone Tebet (MDB)
Simone Tebet (MDB) afirma que seu programa de governo coloca a educação “no topo das prioridades”, recuperando o protagonismo do Ministério da Educação (MEC) na coordenação das políticas nacionais.
Para alcançar esses objetivos, a candidata pretende:
– investir em educação integral e no novo ensino médio;
– enfatizar a importância do ensino profissionalizante;
– erradicar o analfabetismo;
– combater a evasão escolar;
– capacitar professores para a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC – documento que estipula os conteúdos obrigatórios a serem ensinados nas escolas);
– apoiar municípios na ampliação da oferta de vagas em creches e na pré-escola. As informações são do portal de notícias G1.