Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2023
Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter previsão de receber anestesia geral e ficar algumas horas inconsciente durante a cirurgia no quadril direito nesta sexta-feira (29), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), não vai assumir formalmente o cargo de presidente.
Essa possibilidade chegou a ser discutida no Palácio do Planalto, mas a conclusão foi que não seria necessário. Pelo entendimento dos auxiliares de Lula, caso ocorra um fato que exija uma providência urgente, o vice estaria automaticamente em condições de tomar decisões. A situação seria semelhante a um caso em que o presidente, por exemplo, sofresse um mal-estar que o deixasse inconsciente repentinamente.
Ao descrever as funções do vice, o artigo 79 da Constituição afirma: “Substituirá o presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o vice-presidente.”
Lula fará uma artroplastia total de quadril, no Sírio Libanês, em Brasília (DF). O presidente sofre com intensas dores na cabeça do fêmur, provocadas por uma artrose, desde agosto do ano passado. Em julho, Lula reclamou publicamente de suas dores durante uma live e afirmou que tem ficado “irritado”, “nervoso” e de “mau humor”.
A previsão é que Lula coloque uma prótese híbrida, que tem uma parte fixada com cimento ósseo e outra encaixada diretamente no osso. Ao fim da cirurgia, prevista para durar algumas horas, deve haver uma entrevista coletiva do ortopedista, do médico Roberto Kalil e da médica Ana Helena Germoglio, da Presidência da República.
O próprio Alckmin falou sobre o assunto: “Não há necessidade de o presidente se afastar do cargo porque vai ser um período curto, praticamente um final de semana, e depois ele despacha do Palácio do Alvorada”, avisou.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, eventualmente, em eventos fora de Brasília, ele poderá representá-lo, mas apenas isso. “Na minha opinião, ele deve continuar, não há necessidade de nenhum afastamento do cargo”, reforçou.
Alckmin esteve no encerramento do fórum “O futuro da saúde no Brasil”, realizado pela farmacêutica EMS. Na oportunidade, ele comentou que o Brasil sofreu uma “desindustrialização” e que haverá esforço para retomar a industrialização no País.
Na saída do evento, o vice-presidente, e também médico anestesista, comentou com bom humor a fala recente do presidente Lula sobre ter medo de anestesia. “Anestesia é muito segura, hoje em dia é totalmente monitorada. O Brasil tem saúde de ponta.”