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Brasil Saiba quais são as estratégias que o governo adotou para barrar as denúncias contra Michel Temer

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Manobras do peemedebista incluem reuniões com parlamentares aliados. (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Além de exonerar ministros (oito deles nessa sexta-feira), o governo e parlamentares da base aliada se articulam para barrar o prosseguimento para o STF (Supremo Tribunal Federal) da segunda denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente Michel Temer.

As medidas envolvem manobras que resultaram na rejeição, na quarta-feira, do processo pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, como o anúncio de medidas polêmicas, esforço para liberação de emendas parlamentares e reuniões com deputados.

Até uma articulação para salvar o senador Aécio Neves (PSDB-SP), que teve o afastamento de seu mandato revertido pelo plenário do Senado, entrou na estratégia de Temer. O objetivo do governo é obter ao menos 263 votos favoráveis, mesmo número da primeira denúncia.

Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) também foram denunciados no processo. A palavra final sobre o prosseguimento ou não da denúncia para o STF cabe ao plenário da Câmara. A votação deve ocorrer na próxima quarta-feira, de acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Estratégias

Veja abaixo algumas das principais estratégias adotadas pelo governo para tentar impedir a aprovação pela Câmara da segunda denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer:

– Manutenção do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) na CCJ como relator da denúncia contra Temer. A escolha de Andrada gerou mal-estar na bancada de seu partido, dividido sobre o apoio a Temer. Ele teria dito, porém, que o próprio Temer lhe pediu que aceitasse a relatoria. Andrada apresentou um parecer contrário à denúncia.

– Troca de parlamentares na CCJ. Assim como na primeira denúncia, houve trocas de deputados na CCJ para garantir que o parecer favorável a Temer fosse aprovado. Foram registradas ao menos 59 movimentações no total, segundo o colegiado. Recentemente, ao menos PSD e PR nomearam parlamentares favoráveis a Temer.

– Exoneração de ministros. Ao menos dez titulares de pastas voltam à Câmara para votar, na quarta-feira, contra a denúncia que tem por alvo o presidente da República. Depois, todos eles devem ser renomeados para o primeiro escalão.

A medida inclui Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Bruno Cavalcanti de Araújo (Cidades), Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia), Leonardo Picciani (Esporte), Marx Beltrão (Turismo), Maurício Quintella Lessa (Transportes), Mendonça Filho (Educação), Raul Jungmann (Defesa, já reconduzido ao cargo nessa sexta-feira), Ronaldo Nogueira (Trabalho) e Sarney Filho (Meio Ambiente).

Em meio à análise da denúncia na CCJ, a oposição também fez trocas de cadeiras no colegiado, mas com o objetivo oposto ao dos governistas, tentando derrubar o relatório que recomendava a suspensão da denúncia até o fim do mandato de Temer. No PSB, que estava dividido, o deputado Júlio Delgado (MG) assumiu a liderança do partido e nomeou dois oposicionistas no lugar de dois deputados aliados do Planalto.

– Aliados discursam menos, para acelerar processo. Mais uma vez, o governo optou por falar menos para fazer o processo andar mais rápido. Nos dois dias de discussão na CCJ, dos 61 deputados discutiram o parecer, 48 deles falaram contra e apenas 13 a favor do texto, que recomendava a rejeição da denúncia.

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