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Saúde Saiba quais são as reações mais comuns à vacina da Janssen

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A prefeitura também amplia, nesta terça, o público apto a receber a dose de reforço da Janssen. (Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini)

O primeiro lote da vacina da Janssen contra a covid-19 chegou ao Brasil no último dia 22. As mais de 1,5 milhão de doses do imunizante começaram a ser utilizadas por todo o País nesta semana. Dois especialistas esclarecem dúvidas sobre possíveis reações após a vacinação e como elas devem ser tratadas.

O imunizante da farmacêutica Johnson & Johnson recebeu aprovação para uso emergencial no Brasil da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano. A vacina também foi aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) e pela agência reguladora americana Food and Drug Administration (FDA, em inglês).

A infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e o virologista Rômulo Leão Silva Neris, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), comentaram os possíveis efeitos colaterais resultantes da vacinação e ressaltaram a segurança e importância da imunização.

1) Quais as reações comuns à vacina da Janssen? Como lidar com elas?

A bula da Janssen esclarece que existem reações locais e gerais. Normalmente esses efeitos colaterais podem aparecer nos três primeiros dias após a vacinação. São reações locais: dor, vermelhidão e inchaço no local de aplicação. E gerais: cansaço, dor de cabeça ou muscular, arrepios, febre e náuseas.

Os especialistas consultados afirmaram que essas reações são comuns e acontecem com a maior parte das vacinas tomadas ao longo da vida. Se desejar, o paciente pode amenizá-las com analgésicos e antitérmicos.

2) Há risco de reações graves à vacina da Janssen?

O fabricante esclarece que existem chances remotas de a vacina causar uma reação alérgica grave. Em casos raros, ela pode ocorrer em até uma hora após a administração da dose. Uma reação desse tipo pode incluir sinais como: dificuldade para respirar, inchaço do rosto e garganta, batimento cardíaco acelerado, tontura, fraqueza ou erupções cutâneas pelo corpo.

Além disso, casos pontuais de coágulos sanguíneos foram detectados com a aplicação do imunizante nos Estados Unidos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) esclareceu que esse é um evento raro, ocorrendo em uma taxa de cerca de 7 casos a cada 1 milhão de mulheres entre 18 e 49 anos de idade. Para mulheres com 50 anos ou mais e homens de todas as idades, o efeito é ainda mais esporádico.

3) Em quais casos de reação é preciso procurar um médico?

Caso os sintomas listados como comuns persistam por mais de três dias, a infectologista Raquel indica que o paciente procure por atendimento médico presencial. “É importante até para descartar uma eventual contaminação por covid-19. A pessoa poderia já estar contaminada antes da vacinação e não saber”, explica.

Um médico também deve ser consultado com urgência se o recém-imunizado apresentar dores de cabeça fortes e persistentes, visão turva, dores fortes no peito ou abdome, hematomas ou manchas de sangue sob a pele em locais que não sejam o da injeção, falta de ar ou inchaço nas pernas. Esses são sintomas que podem indicar um quadro de coágulo.

4) Não sentir nenhuma reação significa que a vacina não fez efeito?

Apresentar ou não reações não interfere na eficácia da imunização. “Ter reação à vacina não significa que ela fez efeito ou que a pessoa está protegida porque teve a reação, assim como não ter nenhuma reação não significa que ela não protegeu”, afirma a infectologista Raquel.

Neris acrescenta que a intensidade das reações pode variar entre os indivíduos. Quem está mais cansado ou apresenta a saúde debilitada pode senti-las por mais tempo ou com uma intensidade maior, mesmo que elas não sejam graves.

5) O prazo de validade da vacina da Janssen prorrogado pela Anvisa é seguro?

A resposta de ambos os especialistas é sim. Neris destaca que a Anvisa está entre os reguladores sanitários mais sérios e rígidos do mundo.

“A data de validade significa o período máximo no qual aquele insumo continua estável em armazenamento antes de ser utilizado”, explica. Segundo o pesquisador, como as vacinas contra covid-19 são recentes, é natural que elas tenham um prazo menor previsto, porém, com o tempo, é provável que essas datas sejam estudadas e prolongadas. “Temos algumas outras vacinas mais antigas que podem ficar anos armazenadas.”

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https://www.osul.com.br/saiba-quais-sao-as-reacoes-mais-comuns-a-vacina-da-janssen/ Saiba quais são as reações mais comuns à vacina da Janssen 2021-06-30
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