Sábado, 20 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2019
Após a realização de consultas populares em diferentes locais, estão definidas as duas primeiras instituições da rede estadual do Rio Grande do Sul a serem incluídas no Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares do Ministério da Educação, a partir do ano que vem. São elas a Escola Alexandre Zattera, de Caxias do Sul, e a Escola Carlos Drummond de Andrade, de Alvorada, ambas de Ensino Médio.
Como critérios, o governo federal exige que as instituições escolhidas pelos Estados tenham um contingente entre 500 e mil alunos, além de contemplar estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental ou então no Ensino Médio. A previsão de investimento é de cerca de R$ 1 milhão para cada instituição.
Para o titular da SES (Secretria Estadual da Educação), Faisal Karam, a proposta trará impactos positivos tanto para as escolas em si quanto para as respectivas comunidades onde estão inseridas: “Acreditamos em uma grande melhoria em questões como segurança, disciplina e relacionamento. Queremos que as escolas cívico-militares proponham uma renovação no ambiente escolar e seu entorno, com pais, alunos e equipes se sentindo mais seguros e valorizados”.
Já o deputado estadual Tenente-Coronel Zucco (PSL), autor de um projeto de lei que trata do tema no Rio Grande do Sul, menciona como destaques do programa em outros Estados os resultados positivos e o resgate de valores proporcionados pela iniciativa: “Este modelo é da sala de aula para fora, trabalhando princípios, patriotismo e civismo, além de estimular o respeito a professores, funcionários e colegas”.
O parlamentar relata ter conhecido de perto a adoção do modelo em Goiás, onde mais de 60 escolas com esse perfil já estariam contribuindo para elevar o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), criado pelo governo federal em 2007 para medir a qualidade do ensino nas escolas públicas.
Antecipação
A inclusão das duas escolas já havia sido anunciada em entrevista coletiva com representantes do governo gaúcho no dia 19 de setembro, mas faltava a confirmação oficial. Na ocasião, a escolha das instituições da Região Metropolitana de Porto Alegre e da Serra Gaúcha foi atribuída a questões como dados do programa de segurança pública “RS Seguro” e baixos resultados do Ideb.
Também foi prevista a manutenção do mesmo quadro de colaboradores de cada escola, acrescidos de monitores militares que atuarão nos pátios, na proporção de um para cada 90 alunos (mediante escalas para dar conta dos três turnos de aula) e sem interferir nas atividades pedagógicas.
Eles serão selecionados a partir de chamada pública (com preferência para militares da reserva) e terão salários pagos pelo governo federal. Depois de aprovados, serão submetidos a estágios coordenados pela SES, a partir do mês que vem.
(Marcello Campos)