Por Redação O Sul | 18 de dezembro de 2025
Adroaldo Portal, secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, foi detido na manhã dessa quinta-feira (18) durante a nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Ele ocupa o segundo cargo mais importante da pasta e, por determinação judicial, cumprirá prisão domiciliar. Jornalista de formação, Adroaldo Portal, de 55 anos, exercia a função desde maio deste ano, após ter atuado anteriormente como secretário dentro do próprio ministério.
Após a deflagração da operação, o Ministério da Previdência Social informou que o ministro Wolney Queiroz determinou a exoneração de Adroaldo da Cunha Portal do cargo de secretário-executivo. Para a função, foi designado o procurador federal Felipe Cavalcante e Silva, que até então atuava como consultor jurídico do ministério e passa a responder pela secretaria-executiva.
Com mais de duas décadas de atuação no Congresso Nacional, Adroaldo Portal construiu sua carreira principalmente em funções de assessoramento político e técnico. A partir de 1999, trabalhou como gestor de equipes de assessoramento técnico no cargo de chefe de gabinete da Liderança da Bancada do PDT na Câmara dos Deputados.
Durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, Portal exerceu os cargos de chefe de gabinete e de secretário-executivo substituto do Ministério das Comunicações. Ao longo da trajetória no setor público, também ocupou funções em estatais, tendo sido presidente do conselho de administração dos Correios e conselheiro fiscal da Telebras.
No Legislativo, Portal atuou ainda como chefe de gabinete dos deputados Pompeo de Mattos (PDT-RS) e André Figueiredo (PDT-CE), além de ter exercido a mesma função junto ao senador Weverton Rocha (PDT-MA).
Antes de assumir a secretaria-executiva do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal já integrava a estrutura da pasta. Entre fevereiro de 2023 e maio de 2025, ocupou o cargo de secretário do Regime Geral de Previdência Social, área responsável pela gestão dos benefícios pagos a aposentados e pensionistas.
Adroaldo Portal estava no Ministério da Previdência desde a gestão do ex-ministro Carlos Lupi (PDT) e foi mantido no cargo pelo atual ministro, Wolney Queiroz. Ele é citado nas investigações por sua ligação política com o senador Weverton Rocha, que também foi alvo de mandados de busca e apreensão na mesma operação. De acordo com as apurações, Portal chegou a receber em seu gabinete o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”. (Com informações do portal de notícias UOL)
